Querida Ris Catherine
Não quero casar contigo
Só queria ser gentil
Porque estavas a perigo
Falando de solidão
Doendo teu coração
Ofereci-te um abrigo.
Eu sou um bode casado
Alguns casos eu resolvo
Mas não como amarrado
Eu adoro um capim novo
Se a cabrita me quiser
Eu vou mostrar como é
Eu sou um bode do povo.
Senti que estavas infeliz
E ofereci o meu carinho
Para deitar no meu leito
Depois de tomar um vinho
Queria te ver pelada
Numa cama sendo amada
Pelo bode manezinho.
Não gosto de tró-ló-ló
Eu vou as vias de fato
Não bebo mocororó
Nem bebo leite de pato
Se a cabrita ta a fim
E ela quer dá pra mim
Eu como e lambo o prato.
Mas se ela não quer dá
E fica fazendo docinho
Não insisto vou embora
Eu nunca durmo sozinho
Eu pego outra cabrita
Que me espera na fita
La na curva do caminho.
Nunca me queiras mal
Eu gosto muito de tu
És uma grande poetisa
Que vê o mundo azul
Tens muita prosopopéia
E moras na paulicéia
Ali pros lados do sul.
Só uma coisa te digo
O que falei é verdade
Se comer uma cabrita
Ela vai sentir saudade
No sexo sou profissional
Sou um amante sensual
Um bode de qualidade.