Ser anjo e demônio...
Conhecer as forças do Universo...
Abraçar quem nos procura,
Evadir quem nos alicia...
Regenerar-se nos interstícios
Do nosso penar:
Buscar nosso desejo, lá,
No âmago de um sonho...
Sondar no silêncio do Todo
A voz divina do nosso Guia...
Vislumbrar nossas luzes cerzidas
No manto desse escuso porvir...
Falar de amor aos homens ausentes
Da grandiosa sinfonia do nosso coração...
Ser a nau livre beijada pelo vento alísio
Conquistando, destemida, a voragem do tempo...
Fazer brotar em seguida flores
Sobre o novo chão conquistado:
Ser anjo suavizando o demônio,
Harmonizar todas Forças,
Criar infinitamente a Ordem Divina...
© Jean-Pierre Barakat, 01.07.2001
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