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Artigos-->GOLPES OU RUÍDOS MISTERIOSOS -- 23/03/2003 - 17:20 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
GOLPES OU RUÍDOS MISTERIOSOS







O fenômeno parapsicológico de produção de golpes, ou pancadas, de todas as espécies, é chamado tiptologia (typtós = golpe, e logos = tratado).



Evidentemente os parapsicólogos e mágicos têm desmascarado inúmeros e habilíssimos truques... O espiritismo nasceu precisamente por tiptologia fraudulenta das irmãs Fox. E há apuradíssimas técnicas de aproveitar causas normais... Mas há tiptologia realmente parapsicológica. Muito bem demonstrada durante muitos anos por muitos cientistas.



A telergia (energia corporal transformada e exteriorizada) tem certas analogias com a eletricidade. Pela ação da telergia e sob a direção da vontade inconsciente certo objetos podem produzir estalos. Posteriormente, Allan Kardec, ao qual entre muitos erros devemos algumas intuições, atestava: “Quando as pancadas são ouvidas na mesa ou alhures, não é que o espírito esteja a bater com a mão ou com qualquer objeto. Ele apenas se dirige a ponto de aonde vem o ruído, um jato de fluído, e este produz o efeito de um choque elétrico”. Pode-se desculpar a Kardec ter ido procurar o diretor do “fluído” no além, esquecendo o espírito do próprio dotado! Na época de Kardec desconheciam as profundezas do inconsciente. Freud é muito posterior...



Há outros tipos de ação da telergia. Por exemplo, percussão externa. Alfredo e Roberto, de São Paulo, quando nosso diretor, padre Quevedo, os conheceu, tinham 11 e 13 anos. Fazia já três anos que vinham manifestando notáveis casos de tiptologia. As pancadas marcavam até mesmo o ritmo musical. Foram muito boas as condições de observação. Freqüentemente o fenômeno se realizou sobre o lugar preciso que se pedia. Via-se movimento dos objetos golpeados, ou quando se tratava de friccionamento, como no caso de um divã, via-se perfeitamente que a superfície desse se afundava, enquanto se ouvia e se registrava no gravador o som.



Os casos de tiptologia, na sua maioria, dão-se em circunstâncias de maior emotividade, e com adolescentes.



Outro fator coadjuvante é a multidão entusiasmada, ou fanatizada, ávida do maravilhoso. Sob esse prisma, pode-se compreender melhor os sons que durante algum tempo se constataram parte das imagens e especialmente das relíquias de São Pascoal “Bailão”: sons ora suaves e harmoniosos, ora mais fortes, algumas vezes retumbantes “como um estourar de bomba”.



A tiptologia era provocada pelos assistentes, na tentativa inconsciente de reprodução das danças e das acrobacias do santo, que não sabia manifestar de outra maneira o seu amor perante Cristo Sacramentado.



É curioso: mesmo em ambiente espírita, o inconsciente, freqüentemente, manifesta que a inteligência diretora não é a do espírito de algum morto. Escreve, por exemplo, o Sr. Harrison, editor da famosa revista espírita The Spiritualist: “Dirigi-me a uma sessão a fim de ter uma demorada conversa por meio de pancadas” com o espírito (?) chamado John King:



- “Tenha a bondade de me dizer quem é”.

- “Sou tu mesmo, sim”.

- “Dir-mo-ás de novo?”

- “Sou teu próprio e espiritual” (poderíamos traduzir: teu próprio inconsciente).



Justamente por se tratar de telergia humana (que não age a mais de 50 metros), nada tendo a ver com espíritos, um dos modos mais decisivos de acabar com uma “assombração” é afastar o doente parapsicológico. Uma casa “mal-assombrada” tornou-se muito conhecida pelos jornais. Chamaram o padre para benzer. O padre aconselhou que afastasse da casa a menina Juliette. Essa “benção” é que surtiu efeito: daquele dia em diante aposentaram-se os “espíritos”...



A tiptologia é tão estreitamente dependente do vivo, que é sempre acompanhada de um movimento muscular.



Em algumas ocasiões pode-se por sugestões provocá-la ou faze-la cessar. Muito se ocuparam os jornais dos golpes causados por um menino de 9 anos, João C. Tudo acabou quando o delegado de polícia surpreendeu a mãe de João dizendo: “Faze ainda mais uma vez, e te darei a bicicleta”.







Por Luiz Roberto Turatti, aluno do Centro Latino-Americano de Parapsicologia, CLAP (www.clap.org.br), dirigido pelo Prof. Dr. Padre Oscar González-Quevedo, S.J.







Esse artigo já foi publicado em:

- “Tribuna do Povo”, Araras/SP (Brasil), sábado, 20/4/1995.

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