A viagem recente que fizeram à França o ministro Nelson Jobim e sua comitiva, foi proveitosa demais para o Brasil como um todo. Estávamos viciadamente amarrados a comprar armas e etc aos Estados Unidos e, transferência de tecnologia, que é bom, daquele país para este, nada! Um dia é da caça e o outro do caçador. E, assim, andemos para a frente que atrás vem gente.
O Brasil deu um pulinho para fora do muro do seu quintal de dependência em relação à América Rica. Que bom! Na França, com a boa intermediação de Sarkozy, o Brasil assinará acordos para a compra de armas de guerra e tecnologias de ponta. Em baila estão as compras de um submarino atómico e de sua tecnologia para que possamos terminar o nosso ciclo áulico de fabricação dos nossos próprios submarinos atómicos.
É que a França costuma vender seus produtos e também transferir tecnologia para seus compradores. É uma parceria comercial bem diferente da aplicada pela América de Bush.
Quem não se lembra do recente episódio em que os Estados Unidos proibiram o Brasil de vender os jatos fabricados pela nossa EMBRAER ao governo venezuelano, apenas porque essas aeronaves, em sua composição fabril, possuíam peças americanas?
Mas tudo isso se explica e até historicamente ao analisarmos friamente e do lado de dentro desse embate comercial, a mórbida e cruel política comercial dos Estados Unidos, adotando a sua conhecida unipolaridade de mando e decisões.
Para a soberania do Brasil, nos últimos dias, creio não ter lido notícia melhor do que essa transação comercial franco-brasileira. Parabéns ao governo Lula pela postura inteligente. O País lucrará muito com essa política adotada.
E acredito que só se aprende com firmeza as lições da vida quando erramos e consertamos nossos erros. Errar ativamente é aprender em definitivo a reolhar não só os caminhos cruzados mas, principalmente, os que ainda iremos cruzar. Chega do passivismo incomodador do Brasil para com a América de Bush! É hora dos acertos finais para crescermos mais soberanamente do que crescemos ontem.
O Brasil pulou além do muro. Ficou maior do que o grande que já é. Hoje somos a principal economia da América do Sul, o líder nato desse continente e, portanto, devemos estar preparados para essa liderança com alma cívica e vontade inclusa no mercado globalizado que, ruim ou bom, é o que reina densamente no mundo atual. A nossa soberania exige, além de disciplina cívica, um ousado olhar comercial ao lado de parceiros amigos e leais! Ficar de cócoras por muito tempo dói as pernas!
