No Brasil, os partidos políticos estão tão fragmentados perante a opinião pública que é tarefa pouco fácil saber-se hoje quem é de oposição ou não. Há um cenário político camaleónico demais para ser verdadeiro naquilo mesmo que ele se mostra no cotidiano da vida política nacional. O "quem é quem" fica difícil saber. Os interesses privados têm se sobreposto aos públicos. Acho que apenas o PSOL da combativa Heloísa Helena não se tem parecido com os demais partidos que aí estão na ativa.
Não devemos ouvir apenas a voz do profeta mas a real fala da sociedade, a que enche as ruas e deve encher também os governos. Basta de assistirmos a tantos espetáculos constrangedores tecidos por nossas mais altas autoridades constituídas. Antes de se ser político, deve-se ser cidadão com práticas decentes e respeito à s vontades sociais do povo governado.
Em um país de fecunda tradição pacifista, como podem prevalecer o crime e o desmando? É-nos insuportável esse entendimento. O sangue latino é musical, fraterno, barulhento, poético. O crime não deveria estar achando guarida entre nós. Algo anda mesmo muito errado.
Eu estive dando um singelo brado aqui em meus artigos semanais de que o continente sul-americano tem se mostrado acolhedor para com cidadãos de índoles duvidosas e gestos políticos nada fraternos. Estamos vivenciando um espetaculoso episódio de arrumação revolucionária e de ultra-esquerda em nosso continente.
Rafael Correa do Equador, Hugo Chávez da Venezuela, Evo Morales da Bolívia estão administrando vontades estranhas ao restante dos governos sul-americanos. O presidente da Colómbia, Álvaro Uribe, tem se movimentado entre formigueiros. Para onde penderá o apoio do Presidente Lula, não necessariamente penderá o apoio do povo brasileiro. É preciso cautela e cautela e cautela. Medir palavras é imperioso.
As FARC são ilegítimas do ponto de vista político-social, uma vez que têm usado o terrorismo como arma chave de suas ações. Não podemos permitir que cá entre nós seja necessário construir um "muro chinês" para nos separar de um possível "resto do continente", entregue à s forças do mal.
O Equador, a Venezuela, a Bolívia e a Colómbia não podem conjuntamente ou isoladamente ser a chama do fomento da desordem e da desintegração na América do Sul. O país é necessariamente, pelo que representa político-economicamente para o mundo hoje, o grande líder do nosso continente. Exige-se respeito dos assanhados para conosco. Mediar águas convolutas hoje ser-nos-á melhor do que os campos de fogo do amanhã. Já estamos cheios de combates, genocídios e guerras santas. A América do Sul está vocacionada, naturalmente, a ser o paraíso da liberdade. É nessa onda que devemos ir!