Falo desse dia fatídico. Dia fatídico em que o país parou para ver esse espetáculo grotesco (mais um): a sessão da "acareação" (que palavra tivemos de aprender agora!), essa história não muito bem contada da violação do painel de votação do senado (não, não vou escrever com maiúscula).
Pois, nesse dia, nem eu, avesso que sou, consegui escapar aos tentáculos dessa máquina de produzir sufoco. Liguei a televisão, mas só arrisquei um olho, como se diz. Foram dois flashes apenas. Breves, mas bastantes, altamente informativos. Praticamente um miniconto. Pronto para ser publicado:
Primeiro flash: Programa Olga Bongiovanni (argh!!!). A referida comanda uma "interessantíssima" e, como sempre, imperdível entrevista (com algum especialista em não se sabe muito bem qual coisa). Alguém entra para servir o café: (muito bem vestida, alegre e jovial, uma borralheira antes da carruagem virar abóbora) uma atriz negra. Atriz? Simpática e sorridente.
Segundo flash: TV Senado apresenta o longo e nada emocionante ritual da acareação, o blablablá interminável. Alguém entra para servir o café: (terno verde e camisa amarela, um misto espantoso de Pai Tomás e Visconde de Sabugosa), um funcionário negro. Funcionário? Simpático e reverente.
