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Poesias-->No cárcere do coração -- 27/06/2001 - 19:59 (Maria José Limeira Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NO CÁRCERE DO CORAÇÃO

Maria José Limeira



Eu sempre tive pena

e olhei como Madalena

os homens acorrentados

torturados e dizimados

nas prisões do mundo.



Vagabundos, estupradores,

presos de várias taras

e infelizes amores.

Perseguidos nas encostas,

levando o mundo nas costas.



Ao invés de puro ódio,

dei-lhes solidariedade,

em respeito às dificuldades

que os levaram a praticar

os crimes de arrepiar.



Esses infelizes homens-animais

um dia foram crianças normais,

sorridentes nos quintais

e, quando adultos, brutos,

não o serão mais...



Presos de Justiça

nas Delegacias de Polícia.

Prisioneiros políticos.

Flagrantes delitos.

Hediondos ou injustiçados.



Presos condenados,

seres tresloucados,

esmagados, a quem a vida,

triste e dolorida,

surrupiou o último sonho.



Nem Deus os salvaria

ou morte os libertaria

dos seus corpos torturados,

no último corredor

da sua alma sem pudor...



Esses homens terminais,

que nos páteos das prisões,

dormem em colchões imundos

e rosnam como animais,

um dia amaram os pardais.



Circunstâncias contrárias

de antigas vidas várias

emparedaram-nos para sempre,

separando-os, adultos que hoje são,

das crianças que foram, de pés no chão.



Detentos piolhentos, lazarentos.

Animais acuados, degredados.

Que pensamento flutua

quando olham a triste lua,

sem entenderem que lugar lhes cabe?



Por trás dos muros da prisão?

Ou encerrados no cárcere do coração?



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