Ana Beatriz, a terceira.
As vezes,
por estar em companhia outra que não a tua,
me sinto só
como navegante omisso
que esqueceu de anotar no mapa
a existência de si mesmo.
Essa solidão tão cheia de gente,
dor, alarido e incompreensível fé,
me ofende quando não estás a percorrê-la
no rumo que me encontra.
O movimento em tua ausência
é carência de sossego, de paz que acochega
e quando chegas, todo gesto é dança que não cansa,
canta o sol quando ilumina a lua,
vela a noite e determina o dia.
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