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Artigos-->U-zine (23) -- 18/03/2003 - 03:03 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Para não atrapalhar as graves decisões a envolver a invasão americana ao Iraque, houvemos por bem não ocupar tanto o quadro de avisos , deixando-o para uso exclusivo das autoridades competentes. Assim, o U-zine (23) traz anotações que não foram produzidas diretamente naquele palanque.





_________________





1

No formato pequeno, que é o que o quadro permite, Zocca segue sendo um mestre insuperável. "Pode vir crente que eu estou fervendo" ou "O CRENTE QUENTE" são tiradas geniais. Aí sim, um site literário . Valeu, grande ZOCCA!





2

Dri, seja lá como for, HERZLICH WILKOMMEN! Já tivemos quem nos escrevesse de Paris. O nome? Sei lá, era legião. Sigo meditando sobre duas palavras que li aí abaixo: "execrível" e "desprezivez".





3

O Mingão inaugura o transformismo vocabular: "eufeminado". A palavra "moratória", no caso, ficou pedindo pra ser operada também.





4

"Dívida Eterna" também é ótimo! BUSH PAI, quando prometeu instaurar uma nova ordem, não via, ou talvez não quisesse enxergar que tinha dentro de casa um pimpolho com tanta vocação para a DESORDEM.





5

Ora direis ouvir musak! Era só o que nos faltava, uma trilha sonora para o quadro de avisos, com musiquinha tipo elevador! Quero de volta o silêncio. Já não basta o som das FMs ou das televisões espalhadas por toda parte?



[Pronto, já tiraram a musakinha!]





6

Já não vivem, compõem suas biografias. São gênios amadurecidos à força, embrulhados em cadernos culturais como pencas de banana.





7

Despede-se o polemista. Diz que não vai mais perder tempo, só escrever. Ou seja, no quadro ele admite não estar propriamente escrevendo. Confiram os abnegados se alhures o milagre acontece.





8

Cf. em ensaios, a terceira e última parte da mais longa entrevista já publicada na história do usina : "Leni Riefenstahl: a mais longa carreira na história do cinema (3)". Tentei não errar nem uma única vírgula.





9

Cf. em ensaios , a terceira e última parte da mais longa entrevista já publicada na história do usina : "Leni Riefenstahl: a mais longa carreira na história do cinema (3)". Fui fazer gracinha e acabei mordendo a língua, me esqueci de fechar aspas em ensaios .





10

Na edição brasileira, da ARX (Siciliano), "Der Gehülfe", um dos três romances da fase berlinense de Robert Walser, vai se chamar mesmo "O ajudante", como "El Ajudante" é o título da edição espanhola. A edição americana optou por "The Apprentice"; a italiana, por "L’Assistente". Já o tradutor francês, Walter Weidell, preferiu "L’Homme à tout faire" [O faz-tudo]. O tradutor brasileiro houve por bem incluir uma biobibliografia do autor, além de ter preparado um texto introdutório chamado "Robert Walser: o autor preferido de Franz Kafka".





11

"Der Gehülfe", nos dicionários alemães, consta como vocábulo de uso circunscrito aos falantes do Alemanisch (Suíça alemã), que, dos dialetos alemães, é o que mais se distancia do Hochdeutsch , essa extrordinária criação de Martinho Lutero [& equipe], sendo, portanto, uma alemanização de der Gehilfe , substantivo derivado do verbo helfen [to help / ajudar].





12

No prefácio, o tradutor menciona, em nota de rodapé, as publicações que fez de algumas narrativas curtas de Robert Walser e de um breve comentário que tem por título "Robert Walser: o preferido de Franz Kafka", no site literário usinadeletras . Depois do ensaio "Robert Walser", que Walter Benjamin escreveu em 1929 e que a Brasiliense lançou, entre nós, em 1985, na tradução de Sérgio Paulo Rouanet, o ‘usina’ ficou sendo a segunda referência da recepção brasileira do autor mais esquecido do século XX.





13

Enquanto preparava o texto de apresentação para a edição brasileira, o tradutor produziu uma série em quatro capítulos para a coluna Oxouzine (Tribuna Impressa de Araraquara), posteriormente publicada no site sob o título "No encalço de uma lenda".





14

"Se Robert Walser estivesse entre as cabeças que dirigem o mundo, não haveria mais guerras. Se tivesse centenas de leitores, o mundo seria melhor."

(Hermann Hesse)





15

Walser, na verdade, preferiu fugir de um mundo que conheceu entre duas grandes guerras. Depois de breve estada em Berlim, com uma produção simplesmente fantástica (em 2 anos, foram 3 romances publicados e 1 inacabado), Walser se deu por fracassado na tentativa de participar do grand monde literário. De volta à Suíça, pouco a pouco foi retornando ao formato pequeno (redações, contos curtos, textos para jornais, tudo para obter um retorno imediato e poder sobreviver). Por fim, já com os sinais da esquizofrenia hereditária cada vez mais presentes em sua conduta, adota uma escrita minúscula, na verdade a escrita dele próprio reduzida inacreditavelmente. Ele espalhava seus microgramas por todos os papéis que tinha ao alcance da mão. Deixou um convoluto de 526 páginas, que só foram decifradas com a ajuda de um aparelho usado na indústria têxtil, que aumenta de 1 para 6 e permite a contagem dos tecidos. Dessa extensa maçaroca, surgiram, para surpresa dos pesquisadores, dois romances, cenas teatrais e inúmeras narrativas curtas. De 1976 a 2000, 6 volumes foram publicados. A edição é considerada uma obra-prima da moderna filologia cultural.







16

"Der Gehülfe" foi publicado, em Berlim, por um grande nome do mundo editorial da época: Bruno Cassirer. O revisor foi ninguém menos do que Christian Morgenstern, consagrado poeta de "Fische’s Nachgesang" [Canção Noturna do Peixe], um dos poemas mais intrigantes da literatura universal.





17

Walter Weidell, de cuja tradução do mesmo romance para o francês e de cujas preciosas notas eu muito me vali para não tropeçar além da conta no meu trabalho, diz que traduzir produz uma espécie de miopia. Tão intimamente próximo do texto, mas ao mesmo tempo também infinitamente dele se distanciando, o tradutor quase não consegue mais dizer nada a respeito da obra traduzida. Ele, que leu o livro dez anos antes de tê-lo traduzido, escreveu na época um longo ensaio. Depois de traduzi-lo, manteria tudo o que dez anos antes deixara firmado, mas seria incapaz, se necessário, de escrever um texto como aquele.





18

Na Folha de São Paulo, ao longo dessa longa lenga-lenga guerra/não-guerra, o ombudsman Bernardo Azjemberg, autor de "Variações Goldmann", ressalta que o jornal não tem feito mais do que repetir as agências internacionais, pouco produzindo de material próprio. Só duas matérias escaparam a essa maldição dos releases, e foram textos de pessoas que não são propriamente do ramo, dois escritores: o brasileiro Paulo Coelho (lido no plenário do Congresso, na íntegra, pelo senador Eduardo Matarazzo Supplicy) e o britânico Martin Amis (por mim citado, neste site, em "O ALCORÃO escrito com o sangue de Saddam").





19

Pode-se dizer que o site praticamente ignorou a minha tradução de CAMARADA DEUS, sobre os últimos dias de Stálin. O meu revisor não-oficial, em todo caso, subiu no palanque várias vezes para tentar desqualificar o trabalho por conta de uma ou outra vírgula mal colocada. Especial destaque para a expressão uma única vez . Para ele, uma redundância imperdoável, apesar dos dicionários e dos luminares (Machado de Assis foi o mais citado) chamados para que eu não redundasse sozinho (valeu, Gus Patere, não por mim, mas pelo idioma!). Esse texto vai ser incluído em alguns sites de discussão de Teoria Crítica e de filosofia. Aqui, fico na expectativa dos leitores que certamente e fartamente virão através dos sites de busca. Estes vêm me garantindo, suponho, uma posição, para mim não inteiramente desprovida de desconforto, entre os mais lidos.





20

Depois do grande "sucesso" que foi a publicação de CAMARADA DEUS, começo a publicar a tradução, espero que correta, de um ensaio instigante sobre a PROPAGANDA COMUNISTA. Com estratégias semelhantes, o CAPITALISMO vende diversos produtos, enquanto o COMUNISMO tenta vender o único produto que tem a oferecer, a ideologia socialista. Nos 50 anos da morte de Stálin, uma pergunta se impõe: Por que a arte socialista era também pensada como lifestyle?







21

O conselho do massagista: Seria bom tomar um antes do inflamatório .





22

Aquele senhor tinha um irmão que precisava fazer hemodiário . E é quase isso mesmo. Uma solução que não deixa de ser também uma lástima. Conseguir um transplante de rins é quase como tentar a sorte grande.





23

Ouço que o Hélio Pompe acaba de regressar de Londres, de onde, com aquele frio no pavio, mas cheio de calor no coração beatlemaníaco, terá dado um pulinho a Liverpool. Algo me diz que terá trazido uma foto atravessando aquela faixa de pedestres defronte aos estúdios da Apple, em Abbey Road. Com sorte, terá flagrado, logo ali à esquerda, um indefectível fusquinha.





24

Não sei como terá repercutido por lá a notícia da mais recente troca de amabilidades entre Paul e Yoko.





25

Na casa do Hélio Pompe, em Sorocaba, que, de nós, era o único a possuir um aparelho de som, a trilha sonora era Beatles e ponto final. Quase furamos aquela última faixa onde, dizia a lenda, uma frase ouvida ao contrário seria a prova definitiva de que Paul, yes, Paul was dead.





26

Apenas que, no Ocidente, se fazia a propaganda de produtos variados, enquanto a Rússia stalinista não anunciava senão um único produto. O país, aliás, só possuía um – o comunismo. [Cf., em artigos , a serie PROPAGANDA COMUNISTA.]





27

"As palavras chegam à beira do precipício e saltam

desesperadas. Recolho os cacos. Se ao menos eu tivesse a coragem de roubar-lhes algumas

vertigens. Não tenho. Nas minhas mãos a sintaxe virou cola-tudo."



[Silviano Santiago, em “Todas as coisas à sua vez”, transfixão, um diario ficcional inspirado nos últimos dias de Graciliano Ramos]





28

"Qualquer livro lido somente por obrigação é um estrupício."



[Graciliano Ramos, em "Angústia"]





29

ACHTUNG, TEM U-zine NA AGULHA! PREPARE O SEU CORAÇÃO PRAS COISAS QUE EU VOU (não vou) CONTAR. TAMBÉM TEM 2 FRASES SUPIMPAS DO HISTORIADOR RIBEIROPRETANO JÚLIO CHIAVENATO, em Teologia da Esculhambação (65) & (66) .





30

Nos EUA, militares marcham para dentro das escolas. Em Chicago, são quatro instituições voltadas para jovens negros e hispânicos. "O exército faz escola" é uma reportagem do DIE ZEIT on-line (trad.: ZPA).





31

"A pintura stalinista queria produzir uma imagem fotográfica, mas não do presente, e sim do futuro." Cf., em artigos , PROPAGANDA COMUNISTA (4), encerrando a publicação do texto de Boris Groys [Trad.: ZPA].





32

Sempre achei que um ombudsman poderia ser uma solução interessante para o site. Depois do artigo sobre a obra do Domingos Oliveira Medeiros, um primor de contenção e imparcialidade, só posso sugerir um nome: GUS PATERE.

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