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Artigos-->O Homem dos Olhos de Raio-X -- 17/03/2003 - 16:15 (Renato Rosatti) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um dos sub-gêneros mais interessantes e que exerceram um imenso fascínio no cinema fantástico do passado certamente foi o dos filmes abordando “homens transformados em monstros”, ou seja, os famosos “cientistas loucos” em meio as suas misteriosas experiências ameaçadoras para a humanidade.

Dentro de uma infinidade de divertidos e significativos filmes enfocando argumentos dentro desse estilo do horror e ficção científica, podemos citar apenas para exemplificar algumas preciosidades raras como “O Raio Invisível” (The Invisible Ray, 1936), com a dupla Boris Karloff e Bela Lugosi, onde Karloff é um cientista envolvido numa experiência com um elemento químico altamente radioativo trazido do espaço por um meteoro, e que em contato com essa substância letal adquiriu o poder de um “raio invisível” e mortal, influenciando sua mente e transformando-o em assassino; ou “A Mosca da Cabeça Branca” (The Fly, 1958), com David Hedison e Vincent Price, com o primeiro sendo um cientista determinado a conseguir transportar matéria viva pelo tempo e espaço e que ao usar a si mesmo como cobaia numa experiência, acidentalmente mistura suas moléculas com a de uma mosca doméstica, transformando-se num monstro; ou ainda “Alta Voltagem” (The Projected Man, 1966), com Bryant Haliday interpretando também um cientista trabalhando no teletransporte de matéria e que num acidente de uma experiência mal sucedida transforma-se num assassino elétrico disforme, capaz de matar apenas com um toque de sua mão.



De forma similar a essas tragédias pessoais de cientistas obcecados por conhecimento científico e que cujas experiências fatais os transformaram em ameaças monstruosas, vale citar uma pequena obra prima de baixo orçamento de 1963, produzida e dirigida por Roger Corman, famoso cineasta multifuncional conhecido como “O Rei dos Filmes B”, responsável pela direção de mais de 50 filmes e principalmente pela produção de mais de 330 películas. (Veja pequena biografia e filmografia no final desse artigo).

Trata-se de “O Homem dos Olhos de Raio-X” (“X” – The Man With the X-Ray Eyes), um thriller de FC com o talentoso ator Ray Milland (falecido em 1986) fazendo o papel do cientista Dr. James Xavier, que está trabalhando num projeto científico desenvolvendo um colírio especial, uma solução formada por hormônios e enzimas alterados batizada de “X”, capaz de aumentar a capacidade de visão humana. Segundo ele, o olho humano apenas tem um alcance de percepção de 90% do universo e uma vez inconformado com isso, o cientista concentra seus esforços num meio de aumentar o potencial da visão, utilizando primeiramente como cobaia um macaco. Porém, a experiência, apesar de bem sucedida num primeiro instante, causa a morte do animal em um ataque cardíaco, devido ao fato dele não estar preparado para o que viu. O Dr. Xavier acredita que o colírio é capaz de estimular a visão para além dos objetos sólidos e decide testar a fórmula em si mesmo, antes de testes mais definitivos, por sentir-se fortemente pressionado por um corte de verbas através da bela Dra. Diane Fairfax (Diana Van der Vlis), representante da Fundação de Pesquisas que financia seu projeto.

Solicitando a ajuda de um colega oftalmologista, o Dr. Samuel Brant (Harold J. Stone), o cientista recebe o soro em gotas em seus olhos aumentando o alcance dos comprimentos de onda além do que se pode ver, ganhando inicialmente uma visão fragmentada, com muita luz brilhante, e passando depois a enxergar através de objetos sólidos e superfícies, transformando-se num “homem com olhos de raio-x”. Acostumando-se aos poucos com sua nova condição sobre-humana, ele continua a utilizar o colírio e sua visão adquire cada vez mais poderes de percepção únicos. (Destaque para uma engraçada cena onde o cientista se diverte numa festa, dançando desajeitado e observando as mulheres através de seus vestidos). Sua visão apurada acaba permitindo também ver problemas de difícil diagnóstico em pacientes submetidos à cirurgias delicadas, com melhores resultados que as próprias máquinas de raio-x, “vendo o que nenhum homem jamais viu”. Porém, após sua interferência indesejada numa operação de coração de uma menina, ele foi acusado de falta de ética pelo cirurgião responsável, Dr. Willard Benson (John Hoyt), apesar do sucesso da operação.

Sentindo-se isolado e não compreendido, com suas pesquisas canceladas pela Fundação patrocinadora, e após seu envolvimento num acidente que causou a morte do amigo Dr. Brant, o cientista foi obrigado a fugir e refugiou-se num circo utilizando o nome artístico de “Mentallo – O homem que vê tudo”, trabalhando como adivinhador e posteriormente até como curandeiro, sendo chantageado por um vigarista, Crane (Don Rickles), que descobriu posteriormente sua real identidade. Aproveitando a oportunidade de ganhar algum dinheiro, o Dr. Xavier consegue novamente montar um laboratório improvisado e continuar suas experiências científicas com o colírio especial, tentando encontrar uma cura para seu mal. Sua situação piorava a cada momento, chegando ao ponto de sentir-se como se seus olhos estivessem eternamente abertos, sendo necessário usar enormes óculos escuros para aliviar o desconforto.

Inevitavelmente o cientista acabou sendo descoberto pelos policiais e obrigado a fugir, auxiliado agora pela Dra. Fairfax, que acabou se aproximando dele como amiga e ensaiando até um pequeno romance entre eles. E num momento de total confusão mental devido ao incrível poder de visão que possuía, eles travaram um diálogo a bordo de um carro que transitava pela cidade, transmitindo de forma dramática o horror vivido pelo protagonista principal:



“O que estava olhando?”, perguntou a Dra. Fairfax.

“A cidade. Como antes de nascer, subindo para o céu como um dedo de metal. Membro sem carne. Viga sem pedras. Anúncios pendurados sem apoio. Fios esticados e balançando sem postes. Uma cidade não nascida. Carne dissolvida num ácido de luz. Uma cidade de mortos”, respondeu de forma amargurada o cientista.



Eles viajam então até Las Vegas (conhecida como “a cidade de luz eterna”, numa referência proposital de Corman ao drama do cientista que não conseguia dormir e nem parar de ver tudo ao seu redor), e onde o Dr. Xavier pretende ganhar dinheiro para suas experiências utilizando seu poder de visão, enxergando além das cartas e máquinas de jogos nos cassinos, até que desperta a atenção da polícia e é obrigado novamente a fugir, dessa vez sozinho. Ele dirige um carro por uma estrada sendo perseguido por um helicóptero da polícia, e aqui ocorre um grande furo no roteiro pois como seria possível para o cientista dirigir um carro se ele vê através de todas as coisas, não reconhecendo a presença de cruzamentos, sinais e outros carros...?

Após uma série de perseguições, e totalmente desorientado, muito próximo de um colapso físico, o Dr. Xavier sofre um acidente na estrada, e passa a caminhar sem destino pelo deserto de Nevada até encontrar uma tenda de evangélicos itinerantes, onde um pastor (John Dierkes) estava celebrando um culto. Foi a última coisa que viu, para o fim de seu martírio, num final definitivamente antológico, digno das mais memoráveis sequências da história do cinema fantástico.



“É um pecador? Deseja ser salvo?”, questionou o padre ao ver o cientista totalmente abalado.

“Salvo? Não... Vim para lhes dizer o que eu vejo. Há grande escuridão, mais longe que o próprio tempo... E além da escuridão, uma luz que brilha e muda... E no centro do universo, o olho, que nos vê a todos.”, respondeu o Dr. Xavier, no limite de sua sanidade.

“Você vê o pecado e o diabo. Mas o senhor nos diz o que temos que fazer. Diz Mateus no Capítulo 5: Se teu olho te ofende, irmão, arranca-o!”, ordenou finalmente o pastor.



“O Homem dos Olhos de Raio-X” é um típico exemplo que um ótimo filme de horror e ficção científica não precisa necessariamente apresentar apenas roteiros destacando sangue em profusão, atrocidades diversas, modernos efeitos especiais, violência gratuita ou psicopatas mascarados sobrenaturais e assassinos. Podendo ser muito mais profundo e aterrador do que tudo isso, basta para um filme explorar uma história inteligente que evidencia o drama interior do próprio Homem em sua incansável e muitas vezes inconsequente busca pelo conhecimento científico. Principalmente quando este homem transforma-se numa vítima de suas próprias experiências ainda em desenvolvimento. Nesse caso específico, um cientista envolvido num projeto pressionado pelos patrocinadores em busca de resultados, e cujas consequências fatais o levaram gradativamente a um estado desesperador de compreensão de uma nova realidade, confundindo razão e insanidade, através de um poder de visão incomensurável, e para o qual a humanidade não estaria preparada.

O filme possui efeitos especiais modestos, mostrando as visões distorcidas e manchadas do Dr. Xavier, investindo muito mais no horror sugerido pelo drama incomum de um homem da ciência à beira da loucura. Tendo somente 79 minutos de duração e um orçamento avaliado em apenas US$ 300 mil em 15 dias de filmagens, foi dirigido pelo especialista Roger Corman, que construiu toda sua carreira através de filmes super divertidos com custos pequenos como “A Pequena Loja dos Horrores” (1960), filmada em poucos dias e aproveitando cenários já usados (este filme inspirou uma refilmagem musical homônima em 1986), além de dezenas de outras significativas produções que traziam histórias baseadas em Edgar Allan Poe e interpretadas por astros consagrados do horror como Vincent Price, Boris Karloff, Peter Lorre e Basil Rathbone. A principal virtude de sua obra está na força de roteiros inteligentes, sendo nesse caso do “O Homem dos Olhos de Raio-X” um de seus melhores trabalhos de baixo orçamento entre os saudosos anos 1950 e 60, escrito a partir de uma história de Ray Russell (responsável por “Mr. Sardonicus”/1961 e “The Premature Burial”/1962, também com Ray Milland). Apresentando um horror verdadeiro através do drama de um homem transformado em monstro, sua trajetória de sucesso inicial com breve triunfo e depois um mergulho num pesadelo por possuir o poder de enxergar através das barreiras dos espaços físicos, além dos corpos, construções e matérias terrestres, indo em direção ao centro do universo, muito além do que é permitido pela compreensão humana.



Notas do Autor:

1) Confirmando a falta de originalidade e escassez de novas idéias dos roteiristas no cinema fantástico atual, e aumentando a onda de refilmagens de filmes antigos de sucesso, existem planos para a produção de uma nova versão para “O Homem dos Olhos de Raio-X”, pela produtora “Hyde Park Entertainment” com distribuição da “Metro Goldwyn Mayer”. O roteiro será de Bryan Goluboff e os produtores serão Vijay Amritraj, Lou Arkoff e David Hoberman. O diretor e elenco ainda não foram definidos, nem há previsão de lançamento. Resta-nos torcer para que façam um filme digno de seu original.

2) Em compensação, os fãs foram premiados com o lançamento do DVD no Brasil de “O Homem dos Olhos de Raio-X” (1963), pela “Classic Line”, cujo filme está disponível no mercado brasileiro em formato digital desde o final de Maio de 2003.



O Homem dos Olhos de Raio-X (“X” – The Man With the X-Ray Eyes , EUA, 1963, American International Pictures). Direção e produção de Roger Corman. Roteiro de Robert Dillon e Ray Russell, baseado em história de Ray Russell. Fotografia de Floyd Crosby. Música de Les Baxter. Direção de Arte de Daniel Haller. Produção Executiva de James H. Nicholson e Samuel Z. Arkoff. Efeitos Especiais de Butler-Glouner. Maquiagem de Ted Coodley. Edição de Anthony Carras, Elenco: Ray Milland (Dr. James Xavier), Diana Van der Vlis (Dra. Diane Fairfax), Harold J. Stone (Dr. Samuel Brant), John Hoyt (Dr. Willard Benson), Don Rickles (Crane), John Dierkes (pastor), Dick Miller, Jonathan Haze, Morris Ankrum, Lorrie Summers, Kathryn Hart, Vicki Lee, Barboura Morris. 79 minutos.



ROGER CORMAN, O REI DOS FILMES "B"



Diretor e produtor americano nascido em 05/04/1926 em Detroit (Michigan), Roger William Corman iniciou sua carreira artística escrevendo roteiros para Hollywood, vendendo seu primeiro trabalho para o filme “Highway Dragnet” (1953). Um ano depois produziu seu primeiro filme, uma ficção científica de custo baixo, “Monster From the Ocean Floor”, que faturou dez vezes mais o valor de sua modesta produção de 11 mil dólares, e mostrando o caminho para seu futuro profissional, apostando nas produções de baixíssimo orçamento.

Em 1955 entrou para a produtora “American International Pictures” (AIP) e fez sua estréia na direção com o western “Five Guns West”. No final da década de 50, dirigiu várias produções “B” de ficção científica e no início dos anos 60 filmou diversas fitas de horror inspiradas na literatura macabra de Edgar Allan Poe, e em parceria com um dos maiores ícones do gênero, o ator Vincent Price.

Roger Corman é conhecido como “O Rei dos Filmes B”, devido ao seu incrível talento de fazer filmes em curtíssimo tempo e aproveitando cenários de outras produções, sem contudo deixar de lado o interesse dos argumentos, e tendo o privilégio de atuar com fantásticos atores de um nível de Vincent Price, Boris Karloff, Peter Lorre, Ray Milland ou Basil Rathbone. Como produtor, também é conhecido por lançar talentos como os consagrados diretores Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Peter Bogdanovich, Jonathan Demme, James Cameron, Joe Dante e Ron Howard, e os famosos atores Robert DeNiro, Jack Nicholson e Ellen Burstyn.

Em 1971, Corman se retirou da direção de seus filmes e dedicou-se apenas a produzir e distribuir através de sua produtora “New World”, que depois passou a se chamar “Concorde”, voltando a dirigir um filme apenas em 1990 com “Frankenstein, O Monstro das Trevas” (Frankenstein Unbound), com John Hurt, Raul Julia e Bridget Fonda. Porém, antes em 1978 ele co-dirigiu de forma não creditada juntamente com Allan Arkush e Nicholas Niciphor, um thriller futurista chamado “Deathsport”, estrelado por David Carradine.

Curiosamente, Roger Corman foi homenageado por vários de seus colegas diretores como Francis Ford Coppola, Paul Bartel, Joe Dante, Jonathan Demme, John Carpenter, Tobe Hooper, Ron Howard e Wes Craven, entre outros, onde alguns deles tiveram suas carreiras lançadas por ele e os quais o convidaram para participar de seus filmes em pequenas pontas. Em 1974, no segundo filme da trilogia de máfia “O Poderoso Chefão”, de Coppola, Corman fez o papel de um senador. Participou também de “Cannonball” (1976), de Paul Bartel, e no primeiro filme da série “Grito de Horror” (The Howling, 1980), onde Joe Dante deu a ele uma pequena ponta não creditada como um homem numa cabine telefônica. Jonathan Demme o homenageou em três de seus filmes, em “O Silêncio dos Inocentes” (1991), onde Corman fez o papel de um diretor do FBI chamado Hayden Burke, em “Filadélfia” (1993), como o Sr. Laird, e em “Swing Shift” (1984), como o Sr. MacBride. Em 1993 com “Body Bags”, uma produção dividida em três episódios especialmente para a TV, dirigida por John Carpenter e Tobe Hooper, Corman participou como o Dr. Bregman no episódio “Eye”. Em “Apollo 13” (1995), Ron Howard convidou Corman a fazer uma participação especial como um congressista. E já em 2000, Wes Craven o colocou como ator numa ponta em “Pânico 3”, interpretando justamente um executivo de um estúdio de cinema.

Outro fato interessante aconteceu em 1992, quando Roger Corman esteve no Brasil para promover um festival com seus filmes e aproveitou a oportunidade e participou do antigo programa de TV “Jô Soares Onze e Meia” do SBT. Ele foi entrevistado por aproximadamente quinze minutos onde falou sobre sua carreira e comentou curiosidades de seus filmes de baixo orçamento.



Principais filmes como diretor no gênero fantástico:



The Beast With a Million Eyes (1956, não creditado) / The Day the World Ended (1956) / It Conquered the World (1956) / O Emissário de Outro Mundo (Not of This Earth, 1957) / Attack of the Crab Monsters (1957) / The Undead (1957) / Teenage Caveman (1958) / War of the Satellites (1958) / A Bucket of Blood (1959) / A Mulher Vespa (The Wasp Woman, 1959) / O Castelo Assombrado (The Haunted Palace, 1960) - com Vincent Price, baseado em H. P. Lovecraft / A Queda da Casa de Usher (The Fall of the House of Usher, 1960) - com Vincent Price, baseado em E. A. Poe / A Pequena Loja dos Horrores (The Little Shop of Horrors, 1960) / The Last Woman on Earth (1960) / O Poço e o Pêndulo (The Pit and the Pendulum, 1961) - com Vincent Price, baseado em E. A. Poe / Creature from the Haunted Sea (1961) / Tower of London (1962) - com Vincent Price, refilmagem de 1939 / The Premature Burial (1962) - com Ray Milland, baseado em E. A. Poe / Muralhas do Pavor (Tales of Terror, 1962) - com Vincent Price, Peter Lorre, Basil Rathbone, baseado em E. A. Poe / O Terror (The Terror, 1963) - com Boris Karloff e Jack Nicholson / O Corvo (The Raven, 1963) – com Boris Karloff, Vincent Price e Peter Lorre, baseado em E. A. Poe / O Homem dos Olhos de Raio-X (X, The Man With the X-Ray Eyes, 1963) - com Ray Milland / A Máscara Mortal (The Masque of the Red Death, 1964) - com Vincent Price, baseado em E. A Poe / The Tomb of Ligeia (1964) - com Vincent Price, baseado em E. A. Poe / Bloody Mama (1970) / Ga-s-s-s! Or it became necessary to destroy the world in order to save it (1970) / Deathsport (1978, não creditado) / Frankenstein, o Monstro das Trevas (Frankenstein Unbound, 1990)
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