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Artigos-->PROPAGANDA COMUNISTA (3) -- 17/03/2003 - 02:34 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Da ditadura da arte [...]



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Por Boris Groys [Die Zeit on-line, 10/2003]

Trad.: ZPA

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Artistas de vanguarda como Kasimir Malevitsch ou El Lissitzky não queriam, por muito tempo mais, continuar a produzir objetos de arte que um observador pudesse consumir e valorizar de uma distância estética segura.



Muito mais do que isso, queriam plasmar todo o contexto da vida no qual suas obras ganhariam validade.



Variadas foram as estratégias artísticas empregadas na realização desse sonho. Entre elas, mais do que tudo, a provocação estética e o choque pela inovação radical, como os colocou em prática Malevitsch, talvez, com seu quadrado preto.



Cumpria deixar inseguros os observadores, fazer com que se vissem destituídos de seu poder.



Nas duas primeiras décadas do século 20, todas as normas da produção tradicional da arte foram desativadas, todos os tabus foram quebrados, todas as convenções foram anuladas.



A produção da arte perdeu seus limites tradicionais. Como a técnica moderna, também a técnica da arte tornou-se, em igual medida, aplicável a uma quantidade de coisas do mundo.



No entanto, tal expansão não podia ultrapassar uma determinada fronteira, qual seja, a fronteira que separa a arte e a realidade. Tampouco poderia ser ultrapassada aquela que existe entre a arte e o observador.



Por meios meramente estéticos, não poderia dar certo uma tal destituição de poder do observador. O contexto no qual a arte se apresentava – mercado de arte, museus, exposições etc. -, apesar das revoluções vanguardistas e da ultrapassagem de certos limites, continuava, como sempre, limitado social, econômica e politicamente.



Uma ditadura estética conseqüente pressupõe, muito mais, uma ditadura política, uma ditadura política que tenha condições de desativar o mercado da arte e de realizar um determinado projeto artístico para além de sua rentabilidade.



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