Usina de Letras
Usina de Letras
127 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62220 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10363)

Erótico (13569)

Frases (50618)

Humor (20031)

Infantil (5431)

Infanto Juvenil (4767)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140802)

Redação (3305)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6189)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Objetos não-identificados. Eles existem? (uma entrevista) -- 22/05/2001 - 00:21 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Zé Pedro Antunes e Jefferson Henrique Rosseti entrevistam Leonel Vianello, astrônomo amador e construtor de telescópios, para a página OXOUzine [TRIBUNA IMPRESSA de Araraquara, 13/06/1997]



A entrevista abaixo foi a segunda ocorrência da da página OXOUzine, que mantivemos por algumas poucas semanas no caderno cultural do jornal acima referido. No primeiro número, saiu um texto chamado "De poetas e cometas", falando sobre o poeta araraquarense Ademir Assunção e o lançamento de "A máquina peluda". Trazia ainda uma resenha que fiz de "As cidades invisíveis", de Italo Calvino. A foto que ilustrava a página, um cometa riscando o céu de muitas estrelas, fora feita aqui nos arredores da cidade por Leonel Vianello, o nosso entrevistado.



________________________________





Quem viu, haverá de ter na lembrança aquela foto do cometa publicada nesta página na quinta-feira passada. Pois um dos fotógrafos é o nosso entrevistado de hoje.



Enquanto o Henrique se encarrega de conduzir o papo, ele que há mais tempo cultiva essa mania de observar o céu e me levou a conhecer alguns dos amigos das estrelas de Araraquara, eu me exercito na arte da anotação, garranchos indecifráveis feitos com caneta bic sobre folhas de rascunho. Tento me familiarizar com temas, conceitos e palavras para mim tão novos. Aquele que nos fala compreende o nosso desacerto.



Compreensivo para com a nossa inexperiência de repórteres, o entrevistado responde com generosidade e paciência ao assédio do nosso interesse, tentando explicar coisas impossíveis de serem assimiladas de um só golpe: ninho de galáxias, colimação, aparelho de Foulcault, estrelas duplas, montagem equatorial, supernovas, micro-meteoritos, planos, prismas, doublets acromáticos, superfícies esféricas, parabólicas, hiperbólicas, clock drive, aglomerados, nebulosas, etc.



Sabemos o quanto a exatidão é necessária, em se tratando das coisas da ciência. Mas não há o que temer, estamos salvos, a conversar com alguém que corresponde, como nunca havíamos experimentado antes, à verdadeira acepção da palavra “sábio”:



Leonel Vianello, um homem que sabe, só isso.

Ele nos fez ver duas reportagens gravadas pela EPTV, coisas bem rápidas, com um tratamento cosmético apenas, e com direito a deslizes como chamá-lo de "o lunático da rua zero". Mas o senhor Leonel não se importa: "é invenção deles lá da Rede Globo". Para ele, o cognome tem ver com a lua apenas, e isso lhe basta.



Estamos numa casa antiga da rua zero, numa sala com jogo de sofás, mesinha de centro, o aparelho de vídeo, a tevê. O gravador vai permanecer ligado, e a gente muito mais ainda. Saídas da boca do seu Leonel, as palavras adquirem solenidade, peso de verdade, substância poética. Surgem transbordantes de vivência e veracidade.

Tendo feito apenas o Grupo Escolar, "era só o que havia naquela época", seguiu carreira de fotógrafo, tendo trabalhado muitos anos para o Tucci. Depois teve um estabelecimento próprio e se aposentou.



Em 1952, surpreendeu-se com uma foto por ele revelada. Havia sido tirada em Araraquara e mostrava uma cratera da lua. Quando o freguês veio buscá-la, quis saber como havia conseguido tal proeza. Tratava-se do senhor Nabor Rodrigues dos Santos. O gosto pelos tangos o havia levado, certa vez, a Buenos Aires, onde assistira a algumas aulas sobre astronomia e telescópios ministradas por um americano. De volta ao Brasil, construiu, como pode, o telescópio que o ajudara a fazer a tal fotografia. Era isso então!



O senhor Leonel, que desde sempre se interessara por essas coisas, tomou a decisão de ir a São Paulo no dia seguinte, para comprar tudo quanto necessitava para começar a ser um construtor de telescópios. Uma vida, em sua grande parte, voltada para o céu, para os sinais do universo físico, dedicada à descoberta de maneiras cada vez mais apuradas de maximizar a capacidade do olhar humano em direção às estrelas, para poder enxergar tanta maravilha.



Quem navega na Internet, pode acessar o endereço http://www.ufu.br/serviço/astronomia, onde vai ler que o Primeiro Observatório Astronômico de Uberlândia é equipado com um telescópio refletor newtoniano, de montagem equatorial robusta, construído artesanalmente por Leonel Vianello, de Araraquara.



A principal revista americana do gênero, a "Sky and Telescope", publicou uma foto de um riopretense, o Dr. Nelson Falsarella, astrônomo amador, tido como o maior conhecedor do planeta Marte em nosso país, tendo-se especializado em fotografar as tempestades de areia que assolam aquele planeta. Ele fotografou, no sul do país, há coisa de três anos, um eclipse total do sol. Foi o primeiro brasileiro a ter um trabalho publicado naquela especializadíssima revista. Para tanto, serviu-se igualmente de um telescópio fabricado pelo senhor Leonel.



De 1952 até esta data, o construtor de telescópios pensa ter construído cerca de 400 telescópios. Eles se acham espalhados por todo o Brasil.



Não manifesta nenhum pudor ao afirmar ser o único a saber tanto quanto sabe. As coisas são o que são. Mas gosta de dizer que está sempre aprendendo. Foi há três meses apenas que aprendeu, por exemplo, o chamado "plano lambda", para medir o comprimento da luz.



Seu Leonel é o único, no Brasil, a fabricar um telescópio de ponta a ponta: a mecânica, a engrenagem, a pintura, o acabamento, os planos, as diagonais, os espelhos, as lentes oculares. A única etapa que ele terceiriza é a da aluminização. Isso tem de ser feito em São Paulo. Para chegar a ser completo, necessitaria de um forno de alto vácuo. O elevado valor do investimento fez com que desistisse.



Pelas paredes se vêem recortes de revistas antigas, fotografias de aparelhos por ele construídos, diplomas de congressos de astronomia e, sobretudo, fotos de extraordinários acontecimentos celestes.



Gabam-se, o Leonel e o Weber, seu discípulo nessas artimanhas geniais, de ter fotografado o mais brilhante, o mais lindo de todos os cometas, o Hyakutake. Sua cauda ia do horizonte até o zênit. Mais ou menos 90 graus.



Concordam com a expressão usada no OXOUzine da semana passada: "cometas são astros de trajetória errante". Há que esperar, às vezes, muitas horas, dias e dias para vê-los. Vez ou outra aparecem quando menos se os espera. Quem não se lembra de alguns fiascos, como o de certos cometas anunciados com estardalhaço pela mídia e que ninguém viu afinal? Quanta gente não se mandou para o Ceará, na intenção de ver o tal Kohutec. Pode acontecer ainda de a gente estar a procura de um deles e acabar descobrindo outro, inesperado, a cruzar os espaços entre outros corpos luminosos.

__________________________________



Objetos não identificados? Eles existem?



Apenas uma vez o senhor Leonel viu alguma coisa absolutamente estranha e desconhecida. Era redondo, luminescente, e se deslocava sem nenhum ruído e a uma espantosa velocidade por entre nuvens. Depois disso já não tinha mais como poder duvidar. Eles existem. Sabe de tudo o que se diz, ao arrepio da oficialidade, sobre o governo americano viver ocultando informações relativas a esses objetos. A razão ninguém sabe ao certo.



Houve na antigüidade "aquele homem que fabricou o primeiro telescópio, aquele italiano, o Galileu Galilei, que achou de afirmar que a terra não era o centro do universo. Se não tivesse se retratado, teria ido para a fogueira".



__________________________________



A descida do homem na lua? Como foi que ele viu esse momento histórico, esse marco ainda não superado num século como o nosso, de tantas conquistas, tantos inventos, tantas mudanças?



Não, não houve mais nada assim. Muita gente não conseguiu acreditar, nossos tios, pessoas mais antigas, que não viam naquilo nada mais do que um truque, coisas da televisão. Para eles, o homem não desceu na lua coisa nenhuma. Até aquele momento, seu Leonel sempre duvidara de que o homem pudesse mesmo chegar tão longe. E chegou. Foi fantástico.



___________________________________



Sobre a possibilidade de um desastre, uma colisão, como a daquele meteorito gigante que se chocou contra a massa inimaginável do planeta Júpiter?



Hoje, a tecnologia pode prever, pode antecipar desastres. Mas, todo mundo viu o que aconteceu com os americanos em Pearl Harbour. Tinham radares. Tinham tudo. Mas os japoneses vieram e, assim mesmo, conseguiram atacar. Sempre pode haver uma surpresa, um cometa que ninguém consiga detectar e que possa destruir a terra.



___________________________________



Astrologia? É superstição. Astronomia? É "a rainha de todas as ciências". O homem, no momento em que tomou consciência de si mesmo, a primeira coisa que fez foi olhar para o céu. A leitura dos sinais celestes orientava o plantio, a colheita, as navegações. Mas, como tudo o que é cultura, no Brasil ela nada significa, não tem nenhuma importância, não merece nenhum apoio. Cultura, no Brasil, é samba, futebol, carnaval.



Costuma ser procurado por cientistas, gente que estudou em universidades e que pesquisa, e por amadores tão curiosos quanto dedicados. Mas seu Leonel não quer passar nenhum dos seus conhecimentos. Coisas que levou 45 anos para descobrir e aprender sozinho, não seria justo passar assim, de graça, às mãos de gente que talvez nem vai saber zelar por elas.



Na cozinha de sua casa, o laboratório improvisado onde trabalha, ele nos apresenta um espelho ainda em processo de polimento. São horas diárias, meses inteiros, para atingir a perfeição necessária. Trabalha com vidro grosso, comum. O vidro pirex, que é mais apropriado, não pode ser encontrado no país. Mas o seu Leonel consegue um resultado tão bom quanto o do melhor vidro importado. Esse vidro é friccionado sobre um molde feito em breu, material que não se gasta facilmente, em movimentos contínuos e meticulosos. Tudo feito à mão, sob a vigilância de medições freqüentes e rigorosas.



Matemática ele nunca estudou. A precisão foi conquistada a poder de muita força de vontade. Livros em português? Não havia. Só livros estrangeiros, em francês, alemão, espanhol, italiano.



Mas como foi que leu esses livros, se não conhecia nenhum desses idiomas? Tendo como única fonte de informação as imagens ("uma imagem vale mais que mil palavras"), as fórmulas matemáticas, as ilustrações, seu Leonel foi engendrando o caminho que faz dele, hoje, o único cidadão brasileiro a deter preciosos conhecimentos na área do vidro e da ótica de precisão. Os outros todos, mesmo que sejam muito bons, conhecem uma parte apenas desse caminho. Chegam, quando muito, às lentes de superfície esférica. O "plano" é uma das coisas mais difíceis. Só mesmo o seu Leonel, sua infinita dedicação e paciência, para dominá-lo. Ele vai além das superfícies esféricas, sabendo mesmo - ainda que de nenhuma utilidade para o seu domínio técnico - sobre as superfícies elípticas, sobre as parabólicas e as hiperbólicas.



Quem nos levou até sua casa foi o Weber, que faz absoluta questão de lhe prestar efusivas reverências, chamando-o de "mestre". Foi com o mestre que o Weber aprendeu o tanto (ou o pouco?) que hoje sabe, inclusive a construir telescópios de 160 m/m, suficientes e acessíveis para aqueles que não pretendem ir além do mero passatempo, do deslumbramento que é vasculhar a imensidão do firmamento e a luz das estrelas.



No Brasil inteiro vão-se encontrar telescópios feitos pelo senhor Leonel Vianello. Seguem em caminhões de transportadoras, só devendo ser montados no local de destino. Um telescópio é para permanecer fixo, não pode ser transportado impunemente. Mesmo esses pequenos, para uso caseiro. Não devem ser levados para lá e para cá. Um nada e tudo estará perdido.



São aparelhos prenhes de sutis delicadezas, filigranas que o construtor tão bem conhece e nos explica. Sempre haverá uma solução. Mas será preciso, pelo menos, telefonar para o construtor. Às vezes, quando insistem e lhe pagam os custos da viagem, ele se desloca para o destino do seu produto, para orientar os compradores na hora da montagem.



O maior que até hoje construiu, está em Fortaleza. Com 300 mm de diâmetro.



Já viajou algumas vezes atrás de efemérides: Chile, Argentina, Caribe, Ilha Margarita, Aruba, o nordeste do Brasil, lugares privilegiados para a observação. Nisso gasta o dinheiro ganho com toda essa labuta.



Às vezes, quando lhe pedem para que ensine coisas, coloca um preço bem alto, para ver se o freguês desiste. Não quer mesmo passar nenhum dos seus conhecimentos. Que se lancem ao trabalho, que se apaixonem como ele fez, quem sabe, daqui a uns 45 anos saberão alguma coisa daquilo que ele sabe.



E vai ser difícil saber tanto quanto o senhor Leonel, que fala sobre tudo isso com segurança e nenhuma empáfia, a voz pausada e tranqüila, o olhar pousado nos olhos do interlocutor, com todo o respeito que bem cabe numa relação entre seres humanos.



Não há como falar desse nosso papo naquela noite amena, depois e antes de muita chuva, senão com enorme emoção. Olhares atentos, ouvidos ariscos, centelhas de informação e de verdade, as palavras que iriam servir depois para contar suas tantas estórias vividas.



Ciência e poesia convivem despreocupadas nos amplos cômodos dessa casa muito antiga: caixas espalhadas, espelhos, lentes, cartas, remédios, revistas, telescópios em montagem, peças e aparelhos no chão, amontoados de coisas em cima das mesas, mapas, fotografias, frascos com produtos químicos, os poucos móveis e até um forno de microondas "para esquentar a comida".



Seu Leonel vive nessa casa há já perto de 29 anos. Nascido e crescido em Araraquara, passou alguns poucos anos apenas, quando bem jovem, em São Paulo. Mas gosta daqui, porque aqui nasceu e vive.



Com seus 70 anos, demonstra uma elasticidade invejável de corpo e mente, habituados ao cultivo das coisas refinadas do raciocínio e às labutas do saber e da invenção. Tem a juventude de suas idéias claras e concisas, não se enrosca no falar surpreendemente ágil e atualizado. Para ele tudo é tão simples. Um aparelho de precisão, que vai nos mostrando, em suas mãos parece tão tosco e destituído de outra importância que não sua imensa utilidade. A forma como ele fala e a tudo observa chega a desconcertar pela singeleza e pelo despojamento. O interlocutor se espanta, ao ver que a verdade é tão palpável, tão destituída de complicações e ademanes, que a beleza sai de gestos tão cotidianos, tão comuns. Um aparelho de Foulcault, aquele do pêndulo, é apenas um aparelho de Foulcault, e serve para medir a curvatura dos espelhos, e fica apoiado em cima do fogão.



Em Deus sempre acreditou. E crença não se discute. Sabe que o verdadeiro cientista, o "cientista puro", é ateu. Mas ele não. Tendo fuçado o firmamento como ninguém, depois de ter chegado a saber tantas coisas, nada disso veio alterar aquela sua crença de sempre. Existe certamente um ser que criou o céu e nos plantou neste planeta de tão modestas proporções.



______________________________



E a gente, seu Leonel?



"Na minha concepção, a terra é um grão de areia. O universo é enorme. Nós não passamos de micróbios, vermes, só isso."



______________________________





Mora, mas não vive sozinho. São tantos amigos que o procuram, chegam de visita. Quem chega, vai encontrar um homem afável, sempre ocupado com o que produz, apaixonado pelos gestos que executa, pelas ações que empreende.



Enquanto se esmera em gentilezas com as visitas, vai friccionando de passagem algum espelho, observando-lhe a superfície ainda fosca, tirando medidas, avaliando tudo, mexendo aqui e ali, ordenando o aparente caos do seu ambiente de trabalho.



A página de estréia do OXOUzine, bem como esta outra com o relato da conversa que tivemos, haverá de seguir caminhos imponderáveis por entre os tantos amigos das estrelas em todo o país, os astrônomos amadores, os construtures de telescópios, os descobridores de cometas, os lunáticos, os muitos amigos do senhor Leonel.



O céu de Araraquara, um mirante límpido e privilegiado. Não na cidade, é claro. Um pouco mais adiante, pelos arrabaldes, matões, rincões, dobradas, jaboticabais, estradas antigas e desativadas, desvios, desvãos, escuridões.



Eles procuram lugares assim, os sábios e os poetas. Seus olhos perscrutam o céu, embebedam-se de luz, são surpreendidos pelo súbito surgimento de comas errantes, pelos últimos lampejos de uma supernova que explodiu a 130 mil anos atrás. Melhor não entrarmos tanto pelo campo das quantidades, dos números, das estatísticas. Tudo, em se tratando do céu, parece inverossímil. O leigo já não acompanha e pouco retém daquilo que vai ouvindo, não restando, na maior parte das vezes, muito mais que o espanto, o encantamento, a comoção, matéria de poesia.



______________________________



Silêncio. Escuridão. Natureza.

______________________________



Diante da imensidão do céu e da reduzida dimensão dos homens e do planeta que habitam, o senhor Leonel, seu discípulo Weber e os repórteres desta página estão tomados pela emoção de terem vivido juntos alguns bons momentos de elevação e de humanidade.



Chegamos a dizer alguma coisa ainda ao sairmos à rua? Se dissemos, terá sido por força do vício, do hábito, do mau costume. Instantes assim dispensam fórmulas e palavras.



Estávamos tomados pelo entusiasmo, cheios de espírito. Se o leitor não sabe, a palavra "entusiasmo" tem a sua raiz na língua grega: TEOS, que quer dizer Deus.



Foi assim. Sentíamos a presença divina, força na qual o senhor Leonel nunca deixou de acreditar, porque tudo aquilo que sabe, tudo quanto tem visto, não pode ter vindo do nada, não se explica apenas pela evolução, como quer a maior parte dos cientistas.



Sim, não haveria como não dizê-lo, pelo menos ali, naquele instante, naquele quarteirão deserto da rua zero, ainda que vermes, ainda que micróbios, experimentávamos a plenitude. Estávamos cheios de Deus.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui