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Artigos-->Padre Quevedo: AGULHAS NO CORPO -- 15/03/2003 - 22:32 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








AGULHAS NO CORPO

(ou imagens que sangram, pedras através dos muros, lágrimas etc.)



É DIVERSÃO DOS DEMÔNIOS?



1) Apresenta um caso e pergunta Luciano C. S., de Araçatuba:




“Querido Padre Quevedo, recentemente o programa de Gugu, aos domingos, esteve mostrando imagens de Nossa Senhora que choram, vertem mel, com perfume” (...)



“Como sabemos isso leva as pessoas a começarem a fazer procissões e rezas. No programa aparece cantora atestando a veracidade desses fatos. Conhecedor de Parapsicologia, um mero estudioso, sei que isso não passa de mais um fenômeno parapsicológico natural. A cada dia os programas de TV aparecem com um fato novo (...). O que o senhor, e sua equipe, pode fazer para que isso não tome proporções maiores? O que a Igreja Católica está fazendo para acabar com essa bagunça? A cada dia vejo que a busca por uma fé mais racional está cada vez mais distante.” (Estamos com enormes dificuldades econômicas. Como gostaríamos que o CLAP tivesse patrocinadores para poder com grande difusão de esclarecimentos enfrentar tanta difusão das superstições. – Padre Quevedo).



2) Apresenta um caso e pergunta “Sabukah”:



“Queridos amigos que fazem o CLAP, o meu nome é Samuel, sou seminarista salvatoriano, em Fortaleza. Gostaria que se possível vocês me mandassem uma resposta dentro da Parapsicologia a respeito do suposto milagre da Hóstia e sangue que apareciam na boca da beata com o Pe. Cícero em Juazeiro do Norte. É que sou de da região de Cariri e continuamente sou abordado com perguntas sobre esse assunto. Certo de que obterei resposta, agradeço desde já.”



3) Pergunta José Mário:



“Sou um grande admirador da Parapsicologia. Já participei de um curso de três dias em Fortaleza. Gostaria de saber se a Parapsicologia tem uma explicação para o fenômeno do suar sangue, atribuído a Jesus. É mesmo possível esse fenômeno? Agradeço antecipadamente.”



4) Apresenta um caso e pergunta Estevam Scuoteguazza:



“Olá, sou jornalista correspondente do portal On Line, de Campinas, e gostaria, se possível, de uma opinião do CLAP sobre o caso da imagem de Nossa Senhora que chorou sangue, em Marilia. Se puderem me enviar algum comentário sobre o assunto, me ajudaria muito. Mando abaixo a matéria do jornalista Ramon Franco no Jornal da Manhã sobre o assunto. Fico grato. Um abraço.”



“Uma imagem de Nossa Senhora de Fátima vinda de Portugal está chamando a atenção da Igreja Católica de Marília. A estátua, feita de resina e adquirida (...) por um ex-corretor de imóveis que há dois anos vive em profunda oração, chorou sangue por várias vezes na semana passada. A Igreja não quer tomar nenhuma posição precipitada, mas informou que o líquido vermelho que escorregou dos olhos da imagem é realmente sangue, que foi comprovado após teste feito por um técnico de um laboratório local.”



“A pergunta que permanece sem resposta na cidade é a seguinte: as lágrimas de sangue representam realmente um sinal divino ou são Apenas resultados de um fenômeno parapsicológico natural? Para responder a questão, o padre Quevedo, a maior sumidade em Parapsicologia do Brasil, e sua equipe de parapsicólogos já foram acionados pela Igreja Católica de Marília (...). Enquanto isso, as lágrimas de sangue deixam a cidade em clima de ansiedade.”



5) Apresenta um caso e pergunta “marlboao”:



“A minha avó está dizendo frequentemente que durante o dia ela percebe objetos se movimentando (...). Outro dia fiquei observando se ela não estava (...) criando estórias da sua cabeça. Vou então lhe contar o que presenciei: Ela disse que queria fazer um café e que o pó havia acabado. Dirigiu-se até a sala para pegar a carteira, e quando voltou me disse que tinha mandado a pessoa que estava na sala, que segundo ela era meu amigo, buscar café. Eu não vim com amigo nenhum, estava sozinho quando cheguei na sua casa (Deixo o tema das visões para outra oportunidade – Padre Quevedo). Cinco minutos depois em cima da mesa aparece um pacote de 0,500 kg. de café. Gostaria de comentar com o senhor que a casa de minha avó é toda fechada com grades por medida de segurança, e ela tem soltos quatro cachorros enormes. Nesse dia eles estavam soltos. As únicas pessoas que entram ali somos eu e minha mãe. Gostaria que o senhor me orientasse sobre esse fato que eu pude presenciar minuciosamente. Embora já tenham acontecido fatos dessa natureza há muito tempo. Aguardo ansiosamente sua resposta!!! Atenciosamente.”



6) Apresenta um caso e pergunta “Jornal Poço Fundo”:



“Em primeiro lugar quero aqui expressar meu apreço e minha admiração pelo Padre Quevedo e sua batalha para eliminar, como ele mesmo diz, as disquisições dos modernistas contra os verdadeiros milagres. Gostaria de saber se há, por parte do CLAP, algum estudo ou informações sobre os acontecimentos em Naju, onde se afirma que (...) hóstias se transformam em sangue na boca de Júlia (Não se transformam: as hóstias desaparecem e aparece sangue. Deixo para outra oportunidade outros fenômenos diferentes em Naju – Padre Quevedo), além das clássicas lágrimas de sangue. Pergunto porque em minha cidade muita gente já comenta o assunto, e eu gostaria muito de ajudá-los a esclarecer os fatos. Obrigado.”



7) Apresenta um fato e pergunta Marlene Falcão de Albuquerque (Recife, PE):



“Aos treze anos, aconteceram certos fatos em minha casa, como, por exemplo, peças de roupas jogadas no chão de dentro do guarda-roupa fechado. Diziam que isto acontecia porque eu era médium. Papai me internou num colégio de freiras. Com a minha ausência, tudo voltou ao normal, em casa. Mas eu, depois dos 18 anos até agora que estou com 32, continuo com os fenômenos. Como se explicam?”



8) Apresenta um fato e pergunta Padre Pedro Rizzon (São Marcos, RS):



“Com um meu sobrinho existe um caso curioso. A família mora em Pelotas, bairro Milheria, rua 1, n.º 295. Até foi preciso que a polícia interviesse para que a multidão de curiosos deixasse a família em paz. O menino, de 12 anos, movimenta objetos sem contato, como sejam louças saem do armário fechado, na casa entra um tijolo (um pedaço – Padre Quevedo) que estava fora, o mesmo com pedras, que atravessam as vidraças. A família esta desolada.”



9) Apresenta um caso e pergunta Irmã Bernadette M. Filha da Caridade:



“Há quinze dias, no quarto de uma casa, há uma perigosa saraivada de pedras (...) Vez ou outra, jorra água do chão cimentado e os donos sofrem baldadas (não tanto! – Padre Quevedo) de água. Uma amiga que assistiu 4 vezes, pergunta se o fenômeno é espírita ou demoníaco.”



10) Apresenta um caso e pergunta Padre João Malner, C.SS.R. (São Paulo, SP):



“Gostaria de saber o que dizer a um ou outro dos nossos paroquianos que, de fato, são instrumentos de fenômenos parapsicológicos. Penso em uma menina de 8 anos: diz o pai que freqüentemente acontecem coisas estranhas como, por exemplo, coisas absurdas caindo do teto da casa.”



11) ... até? – E assim poderia seguir transcrevendo inúmeros depoimentos.



RESPOSTA




Inspirado na história: William Peter Blatty, no seu livro (e filme) “O Exorcista”, acertadamente inclui vários casos do fenômeno parapsicológico chamado aporte:



1) Um vestido sai de um armário fechado, atravessa uma parede e entra em outro armário fechado.



2) Uma das cenas mais impressionantes do filme é aquela em que Regan vomita grande quantidade de líquido verde e viscoso. De onde veio tudo aquilo? Aquilo não era, nem podia ser, alimento em digestão, como no vômito comum.



Pareceria pura imaginação de um novelista sensacionalista. Blatty pretende, porém, recolher os fenômenos melhor comprovados ao longo da história entre os atribuídos aos “demônios”. Blatty quase sempre exagera nos fenômenos que apresenta, mas sem exagerá-los, são casos possíveis, reais... São casos típicos nas descrições seculares.



Por exemplo, em Illfurt: A respeito dos “endemoninhados” irmãos Burner dizem os cronistas: "Em pleno dia e em presença de uma centena de testemunhas, entre as quais havia homens seriíssimos, nada crédulos, muito perspicazes e pertencentes a todas as classes da sociedade, é unanimemente reconhecida a impossibilidade de qualquer engano (...). Naquela época numas trinta ocasiões Teobaldo (..., ao demônio, invisível) arrancava penas a punhados, que depois jogava aos espectadores apavorados (...). Uma outra vez, após terem-se queixado de prurido e de picadas dolorosas em todo o corpo, faziam sair através de suas vestimentas uma tal quantidade de penas e detritos que cobriam por inteiro o pavimento (se não era muito grande; sempre há tendência ao exagero pela emotividade), e mesmo que se lhes tirassem os pijamas ou as roupas, penas e detritos continuavam a aparecer" através de seus corpos nus.



“Às vezes, o corpo dos coitados se inchava de modo que parecia dever estourar e eles vomitavam espuma, penas e detritos, enquanto apareciam através de suas roupas aquelas mesmas penas que infestavam toda a casa” (cuidado para não exagerar na compreensão...).



-- As penas etc. entravam invisivelmente no corpo dos meninos para depois saírem e aparecerem visivelmente. Isto é o fenômeno chamado aporte. Todos esses fenômenos “demoníacos” (?) estavam sempre ligados à presença dos “endemoninhados”.



Fenômeno frequente: Entre os fenômenos para-físicos, o aporte é um dos fenômenos mais frequentes, dentro da raridade dos fenômenos parapsicológicos. Dificilmente está ausente, por exemplo nos casos que o povo chama “casas mal-assombradas”.



FEITIÇO DAS AGULHAS



Uma versão do aporte, muito frequente (dentro da raridade dos fenômenos parapsicológicos, repito) é a de agulhas no corpo.



Raio X mostra várias agulhas



-- Não há dúvidas de que a origem desta manifestação é a mentalidade supersticiosa a respeito da feitiçaria. Mas não se trata de poderes do “demônio”, exus, espíritos de mortos etc. nem dos feiticeiros, senão de força parapsicológica da própria vítima. O inconsciente – geralmente só o inconsciente – adivinha, ou teme, ou inventa... que lhe estão fazendo esse clássico feitiço de fincar agulhas num boneco. Nada aconteceria se o inconsciente não estivesse cheio de superstição. Mas no supersticioso, o inconsciente dirige uma exteriorização de energia somática (telergia), e a telergia faz o aporte de agulhas, ou pregos, ou grampos... Transforma os objetos (pequenos) em energia, materializando-os de novo após haver atravessado os obstáculos.



Aqui no CLAP, da nossa clínica, temos muitas radiografias, algumas das quais mostram até centenas de agulhas no corpo.



Sintomático: o aporte é realizado mais freqüentemente por mulheres.



-- Os “demônios”, espíritos de mortos, ou larvas astrais etc. são tão machistas assim? É que a mulher é mais emotiva, e têm mais problemas hormonais, além disso, especialmente antigamente, eram com alguma frequência mais marginalizada.... Nos desequilíbrios psicossomáticos surgem mais facilmente as “descargas” parapsicológicas.



No Brasil, alguns casos têm-se feito famosos. Um senhor na cidade de Paraúna, GO, “ofereceu a Satanás” nada menos que uma das suas filhas. Quando as radiografias comprovaram que Yeda Maria de Jesus, 23 anos, tinha o corpo cheio de agulhas, pregos, pedaços retorcidos de arame, grampos de cabelo, parafusos..., o pai se suicidou. Logo se suicidou um irmão de Yeda. Participante do pacto satânico, também se suicidou uma vizinha. Levaram a menina a Brasília, à “Casa da Bênção”, onde o “missionário” Doriel e mais 10 pastores de diferentes seitas submeteram Yeda Maria exaustivamente às cerimônias de exorcismos!



Tudo inútil. Ou melhor, contraproducente. “Ela está enfeitiçada e só Deus poderá salvá-la... está possuída por um demônio terrível, chamado Exu de Aço. Foi o caso mais difícil que enfrentei durante toda a minha carreira de exorcista”, dizia o supersticioso Doriel.



Mas após uma singela terapia Yeda acabou por expulsar do seu corpo todos aqueles inumeráveis e esquisitos objetos estranhos.



Entre outros muitos casos da nossa clínica, temos no CLAP filmado o caso de D. Lucrécia Maria Januário. Morava na rua Mato Grosso, no bairro Industrial, Lorena, SP. Tinha então mais de 40 anos. Desde os 15, era portadora de agulhas e pregos. Ela e os espíritas, inclusive perante mim em debate na TV, pretendem supersticiosamente que é efeito do feitiço, ação dos espíritos dos mortos!



Médicos e até particulares como um tal João Prado, haviam-lhe extraído dezenas de agulhas. E entram outras. Na radiografia do nosso documentário, aparecem mais de 100 agulhas contando só as do seio e costado esquerdo. Extraí-las uma por uma?! E logo entram mais...



Ilzabete Arruda da Cunha, 18 anos, foi operada pela oitava vez no hospital de Caridade de Erexim, RS. Tira-se uma agulha, depois penetram mais duas... Nesta oitava operação o Dr. Olindo Santos teve de empregar duas horas e abrir todo o joelho, pois o alfinete que retirou estava sob a rótula...



-- Conveniente nesse caso a cirurgia. Mas a agulha entrou... simplesmente pouco mais do que atravessando a pele; aporte simples como qualquer outro.



As agulhas, etc., por aporte só penetram no tecido epitelial e no tecido adiposo, não no muscular ou mais profundamente. Se nas radiografias parece que penetraram mais profundamente, é só ilusão ótica, erro de perspectiva..., ou então foi acidente ou truque.



Alguma vez as agulhas saem “sozinhas” após algum tempo por aporte inverso. E é parte da boa terapia inverter o processo antes de levar o paciente à cura plena do aporte. Muitas vezes apontam notavelmente sobre a pele repelidas pelo organismo, e é bastante um alicate – sem receio nenhum – para extraí-las. Sem as complicações e amplidão da operação cirúrgica.



Em todo caso as agulhas estão enquistadas numa cápsula de tecido conjuntivo, impermeável, isolante, nem os leucócitos entram lá. Nenhum perigo para o paciente. Sem dor e sem infecção.



-- Não tem cabimento que o “demônio” tivesse esses cuidados...



Não podiam compreender em La Seca, em Rueda, em Medina del Campo e por fim em Valladolid (Espanha) como era que uma criança de uns meses, José Amálio, podia deitar-se – e não sobre algodões! –, mexer-se, brincar normalmente, com mais de 20 agulhas incrustadas por todo o corpo.



-- Mas isso é o que acontece sempre: não se conhece nenhum caso de aporte de agulhas que ofereça perigo à saúde da vítima.



Foi acusada a mãe, Verônica Jorge, de querer desfazer-se do menor de seus cinco filhos por não poder mantê-los.



-- O que não é mesmo explicável é como uma mãe, que desconhece as mais elementares noções de fisiologia, poderia criminosamente incrustar mais de 20 agulhas no corpo de seu filhinho sem produzir-lhe infecção e nem incômodo...



O método do alicate para tirar agulhas



Foi efeito parapsicológico da mãe sobre a criança? Não propriamente, a telergia não age sobre outra pessoa. Algumas criancinhas vivem como que por osmose dos pensamentos – depressões neste caso e mentalidade de feitiçaria – da mãe. Era a telergia da própria criança.



No CLAP têm-se tratado muitos destes casos. Por alguns já antes de virem aqui serem casos públicos, estamos licitamente citando nomes – reservando-nos detalhes e análise psicológica –, como Otília Bertoldo (de Indaiatuba, SP), Maria Verônica Pereira (de Florianópolis, SC), Nilza das Dores Guimarães (de Araras, SP) etc.



Algumas, Nilza concretamente e com maiores e mais numerosos queloides (cicatrizações defeituosas), chegaram “retalhadas” pelos médicos e com queloides que enfeavam..., mas ainda com agulhas! Só uma agulha enterrada em forma vertical ao peritônio no tecido adiposo sobre o estômago de Nilza nem saiu sozinha nem consegui empurrá-la pelo outro lado para a extração pelo “delicado” método do alicate.



Vários médicos aos quais acudi, mais a título de sondagem de mentalidade, não quiseram “mexer em coisa de Macumba”! Por isso solicitei a extração pelo Dr. Luiz Brunetti (fizera curso de Parapsicologia do CLAP), no Hospital São José, do Brás, São Paulo, SP. Bastou ½ centímetro de corte.



IMAGENS QUE CHORAM OU SANGRAM



No Colégio dos Padres Jesuítas em Quito (Equador), um quadro da Santíssima Virgem, que estava no refeitório, chorou. Todos os alunos e os padres viram lá lágrimas escorrendo dos olhos da Virgem. “A Dolorosa de Quito” é venerada em todo o mundo católico.



Recentemente se fez famosa em todo o mundo a “Madonnina delle Lacrime”, de Siracusa (Itália). Antonina Giusto venerava no seu quarto de dormir uma imagem da SS. Virgem. Um dia, pelas maçãs do rosto da estatuazinha correram lágrimas. O fenômeno repetiu-se várias vezes, perante muitas testemunhas. Eram lágrimas humanas, segundo demonstrou a análise laboratorial realizada pelo Dr. Leopoldo della Rosa. A imagem é venerada hoje num altar da praça Eurípedes. E até João XXIII, quando Cardeal, presidiu procissões em honra da Virgem de Siracusa.



E logo, até hoje, surgiu uma "epidemia" de imagens de Nº. Senhora e de Cristo, que choram e sangram.



Aqui no Brasil fez-se famosíssimo o Cristo de Porto das Caixas, RJ. Um grande crucifixo de tamanho natural sangrou no dia 26 de janeiro de 1968. Durante três horas. O vigário e várias outras pessoas testemunharam o prodígio. Era sangue humano como comprovou o laboratório do Dr. Hering, de Itaboraí, RJ.



Hoje os padres que atendem no Santuário, chefiados pelo Padre Jairo Dall’Alba, nosso aluno de Parapsicologia no curso de verão (110 horas aula), não dão nenhuma importância ao prodígio. Sabem que é simplesmente aporte. Era o sangue do sacristão...



-- Jamais uma imagem de Nossa Senhora chorou ou um crucifixo sangrou estando a mais de 50 m. de algum ser humano: o psíquico, o doente parapsicológico.



Em Akita (Japão) ninguém ligaria para as pretensões de uma religiosa de 40 anos, quando assegura receber mensagens da SS. Virgem. Mas o fato que deixou perplexo o bispo, o capelão, a comunidade, os “técnicos”em mística (como podem ser especialistas em fatos misteriosos se não estudaram Parapsicologia?), é que uma estátua da SS. Virgem, perante aquela religiosa, às vezes sangra numa mão, chorou várias vezes e até tem suado profundamente. Analisados por um professor da Universidade de Akita, verificou-se que eram sangue, lágrimas e suor humanos.



Unicamente o jesuíta Padre Antonio G. Evangelista soube suspeitar, consultou-me e compreendeu tudo. A história cheia de fenômenos histéricos e parapsicológicos da vidente já constitui um fortíssimo argumento a favor da origem meramente humana do fato. “Não fora fraude. São muitos e dignos de fé os testemunhos”. Inteligentemente compreendeu, com toda razão, “um dado psicológico interessante que a vidente está sempre por perto quando acontecem estes fenômenos e sente medo e como senso de culpabilidade”.



-- Lastima, porém, que não se tenham analisado as lágrimas, sangue e suor da própria vidente. Seriam, sem dúvida, do mesmo tipo que o das gotas que corriam sobre a imagem da SS. Virgem.



Monsenhor Camilo, vigário da Paróquia Nossa Senhora da Candelária, em Itu, SP, remeteu-me o caso. Fui pesquisar. Dentro de uma urna de madeira e vidro, chorava um santinho de N. Senhora Aparecida. E sangrava abundante, horripilantemente, uma estatueta de Cristo jacente.



-- Nem a Virgem chorou nem o Cristo sangrou quando D. Hermínia, a dona da casa, estava longe. Estando ela a bem menos de 50 m., suas lágrimas e seu sangue chegavam ao santinho e à estátua através da parede, ou da porta fechada, através da madeira e do vidro da urna que eu mesmo tinha lacrado. Eram lágrimas e sangue de D. Hermínia: o mesmo RH, o mesmo número de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos... como verificamos no IML (Instituto Médico Legal) aqui de São Paulo, SP.



Até blasfêmia seria, por outro lado, atribuir esses fenômenos a Deus... Deus estaria enganando! Porque é até herético pretender que N. Senhora ou Jesus Cristo, “hoje”, estão tristes pelos pecados da humanidade. Estão numa felicidade indescritível.



“Falta de pontaria” e efeito repugnante... Atribuído à Deus?



Temos citado alguns entre milhares de casos em imagens religiosas, pela epidemia mundial que se fez após tanta publicação a partir do caso da “Madonnina delle Lacrime”, de Siracusa. Mas há aportes de sangue e lágrimas em qualquer outro tipo de ambiente... Por exemplo, no Brasil se fez famoso o caso do pôster de D. “Santinha” (Maria das Neves Marques). Sobre a fotografia da defunta, várias vezes e perante toda classe de testemunhas, escorriam lágrimas. Eram lágrimas mesmo. O fenômeno começou quando a dona da casa, Dona Maria das Neves, no quarto onde estava a fotografia da mãe, contava um sonho que tivera a respeito dela.



Logo os espíritas vieram com explicações mirabolantes. A casa n.º 292, da rua Carmelo Ruffo, em Jaguaribe, PE, teria virado antro de espiritismo, não fosse a decidida atuação dos moradores, católicos e bem aconselhados por conhecedores de Parapsicologia.



A exudação hemática: À procura da compreensão completa, aludamos ao suor sanguíneo, um fenômeno relacionado com o aporte de sangue. Bem mais simples.



Glória Lazo



O famoso e prestigioso exegeta Joaquim Jeremias prefere dizer que Jesus no Horto das Oliveiras não podia haver suado “espessas gotas de sangue que caíam por terra” (Lc 22,44). Acha (com que provas? Que autoridade tem o teólogo na análise de fatos “misteriosos” se não conhece Parapsicologia?) que os evangelistas queriam dizer que o suor escorria como escorreriam gotas de sangue.



-- Esta exegese torna-se forçada à luz da Parapsicologia. Uma real saída de sangue, de abundante sangue, não passaria de uma espécie de aporte, inicial e simples.



A jovem Maria pretendia ter sido maltratada pelo seu patrão. Além de estigmas sanguíneos (dermografia e hemopatia), apresentava hemorragias ao redor da raiz dos cabelos. Examinada minuciosamente, com lupa, comprovou-se que a exsudação hemática através do couro cabeludo se realizava sem a menor escoriação cutânea. A psíquica podia predizer este suor sanguíneo, pois sentia uma plenitude venosa no epitélio, e consequente dor.



Também “chorava” sangue, sem ferida nenhuma nos olhos ou na glândula lacrimal.



Após algum tempo, a psíquica conseguia o suor e as lágrimas sanguíneas quase à vontade, provocando histericamente um transe de violenta agitação, convulsões espasmódicas, hemiplegia esquerda e arrepiantes crises nervosas.



-- O caso de Maria, e tantos outros, especialmente de mães que suaram sangue vendo os tormentos dos seus filhos, mostram que hemorragias sem feridas poderão resultar de fenômenos neuropáticos, assim como aparecerem com certa vinculação ao desejo e a fantasia dos doentes.



A famosa estigmatizada (dermografia) Teresa Neumann chorava grande quantidade de sangue. O CLAP tem fotografias macabras... Sem nenhuma ferida nos olhos nem nas maçãs do rosto. Mais ainda, o aporte propriamente dito: manchões de sangue apareciam repentinamente sobre as roupas da cama.



E o aporte em direção contrária: depois o sangue se ia reabsorvendo. Ia desaparecendo de sobre a roupa, só ficando nela pequena mancha que indicava que lá houvera sangue. Teresa Neumann não ficava anêmica.



Também temos fotografias da freira Irmã Helena Aiello que algumas vezes durante a Quaresma ou em algumas sextas-feiras suava abundante sangue. O rosto todo ficava coberto de sangue. E encharcava amplamente a roupa. Pouco depois, aporte em sentido inverso: o sangue se reabsorvia, o rosto ficava limpo, as roupas só com a mancha “testemunha” de que lá houvera, mas que não mais havia sangue.



OBJETOS ATRAVESSAM MUROS



Mais um tipo clássico de aporte são as pedras e outros objetos que entram numa casa, estando portas e janelas fechadas, através do teto, dos vidros da janela...



Entre dezenas de exemplos da minha experiência pessoal...: Visitei uma casa no bairro de Água Limpa, na cidade de Araçatuba, SP. D. Maria Costa, viúva de 47 anos, uma noite saiu apavorada de sua casinha, onde vivia sozinha, assegurando que vira cair do telhado, repetidas vezes, grãos de milho. Em outra noite, e perante testemunhas, grãos de milho entravam na geladeira fechada, pedras caíam do teto, pedras e pedaços de madeira entravam na casa. Na casa do administrador da fazenda, Sr. Darcy Nasciboni, dez pessoas viram pedras e pedaços de tijolos a caírem atravessando o muro... Nos dias seguintes, nas cinco casas da fazenda se observou algum aporte...



Quando, ao meu conselho, o menino Antônio, de 12 anos, foi com a família ao Paraná, tudo voltou à normalidade. Após breve observação ficara evidente para mim que “Toninho” era o psíquico, o pivô do fenômeno..., não os espíritos dos mortos como muitos opinavam, nem os “demônios” como até o pároco proclamava.



Dificilmente se encontrará uma cidadezinha, por pequena que seja, onde não existe uma “casa mal-assombrada”. Dificilmente falta o fenômeno do aporte nessa casa onde alguma adolescente – geralmente – manifesta fenômenos para-físicos (ou por extenso: fenômenos parapsicológicos de efeitos físicos).



Etc., etc.



Ruins ou bons?



O Cura D’Ars, São João Maria Vianney, como destacado exemplo entre tantíssimos seguidores desta interpretação ignorante e supersticiosa, pensava ser vítima de ataques do “pérfido demônio”! Os supersticiosos modernos dizem que a casa está mal-assombrada por espíritos vingativos! Todos, porém, de um e outro lado admiram-se de que as pedras etc. não batem! (a não ser de ricochete ou no próprio psíquico – ou então é fraude).



“É que são espíritos brincalhões”, disparatam os espíritas para explicar essa comprovadíssima realidade.



-- Em que ficamos, os “pérfidos demônios” e os “espíritos vingativos” viraram brincalhões inofensivos?!



É que a telergia do “agressor” e a telergia da pretendida vítima, “forças do mesmo signo se repelem”, diz-se em Parapsicologia como eco à conhecida lei física. O mais que pode acontecer é um mínimo raspão, por inércia, ou um “vento frio” (como dizem os espíritas: não são os espíritos a soprar!) provocado pelo objeto ou a própria telergia ao passar. A telergia só age sobre objetos inanimados, sobre plantas, sobre animais pequenos, e sobre o próprio psíquico (as agulhas etc., só no próprio corpo). Não age sobre outra pessoa nem sobre animais grandes.



Difícil é fotografar: Rara vez se conseguirá provocar o fenômeno do aporte no momento desejado. A este respeito escolho, entre tantos, o caso comunicado pelo amigo Oscar López Guerra, de San Salvador (El Salvador) por ter um desenlace engraçado:



“Agradeceria um artigo que trate do que aqui chamamos de chuva de pedras. Aqui se têm dado freqüentes casos de casinhas, geralmente nos bairros pobres, as quais de repente começam a ser apedrejadas. O curioso é que as pedras caem dentro dos quartos, com janelas e portas fechadas. Uma vez, os donos de uma casa chamaram a polícia. Os gendarmes ... em toda a noite não conseguiram descobrir o criminoso, apesar de que as pedras de vez em quando de fato caíram na casa. Por fim, fecharam-se eles sozinhos dentro de casa (menos no cômodo onde se concentrou a família). Um general frustrado ordenou: Bom, filhos da..., se são tão machos, joguem agora uma pedra! E como se fosse um filme cômico, imediatamente caiu uma pedra com tanta força que esfarelou-se toda. Os gendarmes saíram correndo, espavoridos. Fizeram constar no relatório que os mortos estavam a se vingar de alguém”.



Não obstante episódios como neste caso “a mando do chefe”, os aportes – como qualquer fenômeno parapsicológico –, são espontâneos e incontroláveis, não se realizam com hora marcada e no lugar desejado. Por isso é difícil fotografá-los.



Difícil, mas possível. Assim, por exemplo, na casa do Sr. Cid de Ulhoa Canto, em Itapira, SP, houve vários aportes. Testemunhas: o delegado, promotor, vários médicos, o vigário Padre Henrique... O caso dependia da empregada. Há uma fotografia, entre dezenas que se tiraram inutilmente, na qual aparece a empregada em questão e sobre a sua cabeça uma colher surpreendida um decímetro após ter penetrado na cozinha através do teto.



Difícil é fotografar. “Fácil” é ver. No museu do CLAP guardamos alguns entre os de maior tamanho dos múltiplos objetos que um ou outro dos nossos pesquisadores vimos penetrar através de portas fechadas, paredes etc. nas casas “mal-assombradas” que fomos “desassombrar”. Dois grandes caracóis do mar, um martelo, óculos, um relógio de bolso, um cinzeiro grande, pedaços de tijolos, etc.



Perante a Teologia: Para os exorcistas (?) de várias religiões e seitas...



-- Religião é relacionada com doutrina sobrenatural, inobservável. Fatos de nosso mundo pertencem à ciência, e a ciência especializada em fatos incomuns relacionados com o homem é a Parapsicologia.



Os exorcistas (?) de várias religiões e seitas, como também os “desencostadores” (?) nas diversas espécies de espiritismo, proclamam que todos os casos de aporte “superam as forças da natureza” (!), “devem-se a forças demoníacas” (!), espíritos de mortos, exus, mahatmas, etc.



A respeito dos aportes (bem singelos!) de Marie-Thérèse Noblet escreviam os famosos exorcistas Padre Giscard e Padre Grimbert: “O espírito maligno demonstrou a realidade de sua ação com argumentos irrecusáveis” (?!). Quando fenômenos semelhantes acontecem em ambiente religioso seria o poder divino! (Seria blasfêmia, repito): “É precisamente esse milagre que o demônio pretende imitar”.



A lei do aporte: Detalhe importante em todos os casos de aporte (e para qualquer fenômeno parapsicológico de efeito físico): afastem-se da casa, a mais de 50 m., todas as pessoas. Podem encher a casa de máquinas automáticas de filmar, de fotografar, de gravação de sons... Nada acontece. É absolutamente necessária a presença do homem. Porque é a sua telergia, a sua energia corporal, transformada e exteriorizada, dirigida pelo inconsciente, a responsável pelo fenômeno.



Aqui e agora. A telergia não age sobre o passado nem o futuro, como agiria se fosse espiritual (a pretendida e inexistente PK da Micro-Parapsicologia, da escola Norte Americana). O objeto aportado (mel, água, pedras, milho, Hóstia, perfume, agulhas, grampos, ou o que seja) deve estar também a menos de 50 m. de distância do psíquico. Na realidade é sempre a bem menos de 50m. Mesmo nos casos de efeito polipsíquico: quando se somam as telergias de várias pessoas em contágio psíquico podem chegar a 20, talvez 30 m.... É que para não medir com régua a Parapsicologia há mais de um século, e concretamente o CLAP há mais de 40 anos, mantém o desafio a quantos médiuns, endemoninhados, pastores exorcistas etc. queiram reunir-se: 10.000 dólares a cada um contra só 500 se fizerem um aporte estando todos a mais de 50 m. Cuidado na pesquisa, porque tanto o psíquico como o objeto do aporte pode estar em outro cômodo da casa, ou em andares adjacentes, ou na casa vizinha...



E ai está o “remédio”... Entre tantíssimos exemplos: Na casa do Dr. Felipe Riveros, médico-cirúrgião de Bucaramanga (Colômbia), caíam objetos perante a polícia, detetives e “peritos”. Não sabendo ninguém como explicar o fato, acudiram ao Monsenhor Iruzana para que benzesse a casa que julgavam “mal-assombrada”. Os “exorcismos” tiveram de ser interrompidos: durante as rezas e bênçãos as pedras caíam dentro da casa com maior intensidade.



O acertado “exorcismo” o administrou o Padre Luis Dussan (que fizera um estágio aqui no CLAP): após breve pesquisa, mandou que retirassem a empregada adolescente e que lhe procurassem trabalho em outra parte. Os fenômenos acabaram para sempre.



Em laboratório: Não podemos repetir à vontade o fenômeno do aporte, não podemos obrigá-lo a apresentar-se na frieza de um laboratório. Há muitos anos que Sir Oliver Lodge, professor de Física da Universidade de Londres, propôs que se tivessem nos centros de pesquisas parapsicológicas duas argolas de madeira. Torneadas cada uma numa única peça. Sem solução de continuidade. Cada argola de um tipo diferente de madeira. Nada se perde com tentar a sorte sempre que se apresentasse alguma pessoa vítima de aporte... Se conseguissem enfiar as argolas uma na outra, sem quebrá-las... O truque é impossível e a verificação, fácil.



Argolas de Madeira



E com efeito: para os especialistas da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Boston e de Nova Iorque, o conseguiu Nina (Margery) Crandon, pouco antes de morrer nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial. E aí estão até hoje as argolas, de diversas madeiras e sem solução de continuidade, enfiadas uma na outra. É a essência do aporte: a telergia de Margery fez que uma parte de uma das argolas se desmaterializasse, fez que em forma de energia penetrasse na outra argola e que se materializasse de novo.



CONCLUSÃO



Esse é o fato. O aporte existe. É relativamente frequente. Depende do homem. É produzido por sua telergia.



Pode-se até fazer a psicanálise do que o inconsciente quer manifestar com esses fenômenos: desejo de chamar a atenção, de vingança, manifesta carência afetiva, inveja etc. Ou assim simboliza uma notícia desagradável ou um perigo que adivinha também parapsicologicamente, ou a feitiçaria que adivinha ou “encuca” que lhe fizeram etc.



Este fenômeno nada tem de milagre (Como em todas as classificações de fenômenos parapsicológicos, sobre os fatos EN e PN (Extra-Normais e Para-Normais) existem também os fatos SN (Supra-Normais, milagres de Deus) imensamente superiores, do que já tratei e pretendo tratar em outras numerosas oportunidades.



O fenômeno do aporte (nem outro algum), nada, absolutamente nada tem da inexistente intervenção de demônios, espíritos, exus, larvas astrais...



Padre Oscar Quevedo é Licenciado em Humanidades Clássicas; Licenciado em Filosofia; Licenciado em Psicologia; Doutor em Teologia; Professor de Parapsicologia, em várias Faculdades; Fundador, em 1970, do CLAP – Centro Latino-Americano de Parapsicologia: Pesquisa – Ensino – Clínica, sendo o primeiro e talvez ainda o único Centro Universitário de Parapsicologia, especializado e reconhecido, do Brasil.


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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.








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