FINS DE SEMANAS DE MÁRIO
De Mário Bezerra (falecido) era destaque cada um dos aspectos
característicos de sua pessoa. Era poeta, escritor e um bom papo.
Conheço da sua vida várias passagens pitorescas. Vou ilustrar o
presente com dois momentos envolventes de criatividades:
Mário, visitando uma cidade do Ceará, Crateús, hospedou-se
numa modesta pousada. Naquele tempo predominava o uso
de redes. À noite, após saborear uma bela feijoada, resolveu
dormitar. Ao seu lado, outro hóspede já dormia, pois pretendia
acordar de madrugada para viajar no trem das cinco, o que fez.
Mário acordou logo após as cinco horas, com uma dor de barriga
violenta e foi urgente despejar todo conteúdo intestinal ali mesmo
na rede, Na falta de papel higiênico, usou mesmo o lençol. O que
fazer?...Muito simples, deitou-se na outra rede que ficou vazia
com a partida do seu companheiro de quarto, e continuou a dormir.
Acordou com o grito da empregada, que fora arrumar o quarto,:
Dona Maria o safado cagou na rede e no lençol e deixou até
a cueca. Foi com vergonha que ele viajou de madrugada, ainda
bem que pagou a dormida adiantadamente.
Em outra ocasião, o Mário foi obrigado, por várias insistências, a
pernoitar em Massapé-CE, na casa de um casal de amigos. Às
tantas da noite, com a bexiga cheia, não teve outro recurso:
Arrancou um dos tijolos do quatro e urinou no espaço vazio. O
problema foi que ao recolocar o tijolo, foi urina pra todo lado.
O Mário não perdeu tempo. Pegou o lençol, branco impecável,
E enxugou tudo. Obra perfeita. Depois ouvi o comentário de minha
Tia dizendo que a senhora que hospedou o Mário, estava
envergonhada, pois a empregada tinha colocado na rede dele
um lençol totalmente sujo e avermelhado.
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