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Artigos-->Padre Quevedo: “O padre que explica o inexplicável” -- 09/03/2003 - 14:25 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








O PADRE QUE EXPLICA O INEXPLICÁVEL



Com 41 anos de estudo da Parapsicologia, o Padre Oscar Quevedo vê com naturalidade fenômenos como uma pessoa mover um objeto sem tocá-lo, ou provocar fogo. E critica o que considera superstição, como atribuir fatos e doenças ao demônio.



A “imagem” de Nossa Senhora, surgida na vidraça de uma casa, em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, trouxe de volta ao noticiário o padre Oscar Quevedo e seus conceitos sobre Parapsicologia. A “imagem” provocou grande romaria de fiéis.



Quevedo, 71 anos, 41 deles dedicado ao estudo da Parapsicologia, esteve em Ferraz na quinta-feira (18/07/2002). Viu a vidraça e deu seu veredicto: o que há ali não é a imagem de Nossa Senhora. Poderia ser uma reação química, provocada por produtos de limpeza.



Nesta entrevista, fala sobre Parapsicologia. Diz que qualquer pessoa tem poderes paranormais, como a capacidade de mover objetos sem tocar neles. Mas que esses poderes surgem espontaneamente, ninguém consegue dominá-los. Por isso são tão raros. Leia os principais trechos da entrevista a seguir.



Jornal da Tarde – A Parapsicologia explica o que nos parece inexplicável?

Padre Oscar González-Quevedo, S.J.
– Todos os fenômenos parapsicológicos, por serem incomuns, sempre foram interpretados supersticiosamente. Quando o povo não sabe explicar, em vez de calar a boca, explica. A telepatia sempre foi considerada como coisa dos deuses. As pessoas pensam que movimento de objetos provocado pela telecinesia são espíritos que vêm brincar nas casas mal-assombradas. A Parapsicologia estuda os fenômenos cientificamente e separa dessas falsas interpretações o que é natural, embora raro.



JT – Uma pessoa pode mover um objeto, por exemplo?

Padre Quevedo
– Todos podemos. Em um momento de emoção pode escapar uma energia corporal.



Mas a menos de 50 metros de distância. Se houver um fenômeno físico, movimento de objetos, fogo espontâneo, umas vozes, a mais de 50 metros de uma pessoa viva, dou US$ 10 mil a cada um. Esse desafio existe há um século.



JT – Mas menos de 50 metros é possível?

Padre Quevedo
– É possível que algumas vezes, espontaneamente, a energia corporal se exteriorize e se transforme em luminosa, térmica. Esses são os fenômenos parapsicológicos.



JT – Vozes também?

Padre Quevedo
– A psicofonia, sim. A energia corporal faz vibrar o ar, como se fosse uma voz de um demônio. Mas é um fenômeno natural, não sobrenatural.



JT – Então todo mundo pode ter um fenômeno parapsicológico?

Padre Quevedo
– Um fenômeno parapsicológico espontâneo? Todo mundo pode ter. Mas que o controla, isso é certamente desconhecido.



JT – Como podem acontecer para um cidadão comum?

Padre Quevedo
– Os fenômenos se chamam extranormais, paranormais. Também há os supranormais, mas esses são outras coisas, são o poder divino. Criaram-se aquelas palavras para explicar que todo mundo tem essas faculdades, extranormais, paranormais. O que não temos é a manifestação extraordinária, à margem do comum, parapsicológica. Ninguém domina. Nem sequer a telepatia, que é o mais freqüente de todos.



Como cobram R$ 50, em um consultório de adivinhação, ou de astrologia, seja lá o que for? Se adivinham a Supersena acumulada, não precisam cobrar... Onde está o corpo de Ulisses Guimarães? Aqui no Brasil, com tantos adivinhos, não se sabia isso.



JT – Por que tanta gente acredita em coisas como prever o futuro?

Padre Quevedo
– O ser humano tem uma tendência à eternidade, ao sobrenatural, à religião. De onde viemos, para onde vamos. Em todas as épocas, em todos os povos, há uma ex-consciência. Aquela pessoa que não tem um argumento sólido, para aceitar, compreender, sai à procura de tudo. Está à procura de sua religiosidade, de fundamentar-se em algo. Não conhece os fundamentos científicos dos verdadeiros milagres, então qualquer bobagem para ele é milagre.



JT – No que as pessoas acreditam mais, nesses casos?

Padre Quevedo
– Depende de religiões do mundo. No Brasil, as superstições mais comuns são duas. Uma, o demônio. As pessoas vêem o demônio por toda parte, as doenças são o demônio, expulsar demônios, há várias seitas que se dedicam a eles.



Outra, muito difundida, são os espíritos dos mortos. E nunca um espírito fez nada, aqui no nosso mundo, nunca um demônio fez nada no nosso mundo.



JT – No segundo caso está a religião espírita?

Padre Quevedo
– O espiritismo não é uma religião. Religião é a relação da criatura com o criador. No espiritismo, a doutrina não seria revelada pelo criador, mas pelo espírito dos mortos. O espiritismo é essencialmente anti-religioso.



JT – O senhor vê algum valor como ser humano no médium Chico Xavier, falecido recentemente?

Padre Quevedo
– Como ser humano, muito. Um homem sincero, desprendido, caridoso, mas tem uma fartura de contradições. Entre os grandes críticos literários se dizia muito que ele imitava o estilo de autores famosos. Mas só em português. Um morto que não soubesse português não teria chance com Chico Xavier.



JT – O que explica que algumas pessoas conseguem entortar metais?

Padre Quevedo
– Isso se chama paracinesia, quando é com contato. Ou telecinesia, quando sem contato. Primeiro, a norma geral: ninguém domina os fenômenos parapsicológicos. Uma pessoa que marca hora para entortar metais, como Uri Geller (paranormal israelense) na televisão, certamente é truque. Ou como Thomaz Green Morton (paranormal brasileiro), com hora marcada, também certamente é truque.



Desafiei o Uri Geller na televisão e ele teve que reconhecer que era um mágico profissional. E o que fazia era truque. Mas alguma vez poderia ocorrer o fenômeno espontâneo. Green Morton eu desafiei, mas ele sempre fugiu.



JT – Sem hora marcada, poderia ser?

Padre Quevedo
– Que ele possa, alguma vez, ter fenômeno parapsicológico espontâneo, todo mundo pode ter. Que diga que o controla, isso é certamente falso.



Fonte: Jornal da Tarde, Cidade, Domingo, 21/07/2002.





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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.







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