Finalmente, no dia 05 de janeiro, lua alta no céu, volta Clodó. Cheio de olheiras. Quem quiser ver, me escreva, mando a foto... Tadinho. Acho que a sapinha estava muito apaixonada ou sem namorar há muito tempo. Acabou com ele.
Me chega com aquela cara de desespero, se esconde embaixo da mesa da varanda.
Embaixo da mesa? Dia de festa, aniversário da minha caçula, pobre Clodoaldo, tem que fugir. Fugir como? Todo mundo quer ver o Clodoaldo, tirar fotos. Ninguém gritou: Meu Deus, um sapo! Penso até que querem ser amigos dele.
Deve ser o novo milênio. Não tem outra explicação. Agora, sapos devem estar em alta.
Fico feliz por saber que está bem, meio esfolado, estropiado, mas ... vivo.
Desculpe, Edu, quantas acusações vãs. Mas, queria o que? Já foi falando: eu não matei ele, não. Claro que desconfiei.
Só que Clodó sumiu de novo. Deve ser o flash da máquina fotográfica.
Afinal, estropiado como estava, não creio que aguentasse a sapinha de novo... parecia estar dizendo: desisto, desisto...
Temos outras possibilidades: Clodó pode ser masoquista. Voltou pra sapinha pra ser judiado, gosta disso.
Esqueci de contar: na véspera de Clodó reaparecer, surgiu na varanda um sapo enorme, o dobro do tamanho dele, tipo um gerimum de uns 4 kg, com as costas esfoladas... será que foi briga de amor e a sapinha, apavorada, se mandou ?
Nossa, pobre Clodó, sem chance: ou ficou noites em claro chorando pela amada - pode ter sido abandonado -, ou enfrentou o enorme concorrente... mas que se ferrou, se ferrou...
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