ENFIM FEDOR (humor não sei que cor)
Era uma vez, apenas uma vez,
uma merda sem cheiro; ela sofria
porque ninguém a via e então se fez
de gente humana, mas, triste ironia,
em nada resolveu, por seu revés
chamava a atenção, quanto podia:
grunhia e até latia. A pobre fez
frustrada pois de jeito algum fedia
imaginou haver uma saída
a fim de ser notada: aparecer
onde houvesse uma grande encenação
Passando o carnaval pela avenida
ela implodiu-se e assim conseguiu ser
fedida e vista pela multidão.
Diógenes Pereira de Araújo |