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Poesias-->HORA LÍQUIDA -- 01/01/2019 - 03:15 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Desculpe revelar,
apesar do meu medo extremo,
da minha raiz confusa,
naquele dia sobreveio; 
eu me desfiz
pela primeira vez.

Amar supõe uma dissolução,
ou algo certamente derrete.
Há porém
uma parte caule em seu lugar comum
onde o contato íntimo permanece
e depois tudo se desfaz  em básica ocasião. 

Mas talvez teu amor tenha sentido diferente. 
Ele sempre gotejou,
sorrisos sempre irrigaram batons,
e não pode se compor,
sem notar as questões da hora:
"Onde eu estou?
Tudo é fixamente rocha, paredes,
fixamente aquilo alcunhado corpo?
Isto é a coesão vista por mim
quando passo pelo mundo
como onda triste
como lava feminina?"

Eu não pude responder.
Amar ali foi o meu momento disperso
a boia ritmada ao sal,
minha força seguinte ao Mar Morto
minha nobre condição de poço
a refletir a lua eternamente fluída.

Desculpe revelar,
mas eu me tornei bem vindo
naquela minha hora líquida 
pela primeira vez mistura 
no meio da água salobra, pura, viva;
você era a fonte disponível 
pude me salvar contido em ti.

DO LIVRO: ADVERSOS E OUTROS MOMENTOS




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