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Poesias-->Fogo No Museu -- 03/09/2018 - 12:59 (Jayro Luna) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






 






FOGO NO MUSEU



A Alexandre Kellner, Marquês Holstein e Samuel Quiccheberg

“Assim como aquele Meteorito, o Museu Nacional também vai resistir!” – Kellner

“Somos nossa memória, somos esse quimérico museu de formas inconstantes, esse montão de espelhos rompidos.” – J.L. Borges

“Fogo! Fire! Queimarão todos os livros” - J.J. Gallahade






Revive-se a tragédia do Museion... Em tons tropicais...

A casa de Elias que recebeu Dom João VI, Dom Pedro I e Pedro II,

Que recebeu as coisas da Casa dos Pássaros que não voam mais!...

Se consumiu em chamas num desastre profundo!




O canto de Sha Amum Em Su é agora um canto trágico,

Cheio de dores para o seu deus Amon

Que de lá das areias antigas do Império Egípcio Mágico

Não pode socorrer a sacerdotisa no seu último tom!




As máscaras africanas de antigos reis tribais

Ao lado do trono do rei do Dahomey, já de há muito vago,

Choram copiosas em lágrimas de cinzas viscerais,

A perda de imenso acervo num imenso estrago!




O espírito da Preguiça Gigante que antes vagava

Imperiosa, altiva nas florestas tropicais

Agora se perde à busca da paisagem que amava

Na resistente vontade de reviver o que não volta jamais!




Duzentos anos de História do Brasil desaparecem

Na pira funerária do descaso e da ignorância

Nas chamas que sobem aos céus ali também perecem

Os sonhos de um país mais justo, mais rico e com abundância...




O passado quando resguardado, preservado, relembrado

Não é apenas o passado inerte, imóvel, morto

É parte do presente vivo, é parte do futuro sonhado

Incrustado como pérola perfeita do tempo absorto!




Mas ali, cercado de chamas fumegantes e colossais

Eis que de há muito vindo do espaço sideral

E ainda com impressões digitais de Spix e Martius e outros mais

Resiste às chamas relembrando a entrada na atmosfera nacional...




Torna-se o símbolo da esperança machucada, utopizada,

Solitário agora, entre farrapos queimados, brasas, cinzas e pó

Para que ressurja a importância da Pátria Relembrada,

Mas que se converta em grito virulento e dolorido do Bendegó!












 




















 



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