Nua, crua, chuveiro,
quente e frio,
frio e quente,
pele que arrepia e sua,
corpo que se faz mente...
suavidade hirta em mamilo
esquerdo ou direito
com afluxo de leito,
música vadia...
trejeito,
olhos lavados insinuosos,
dedos que afagam caprichosos...
todas as noites, sozinha
antes da cama em desalinho,
ela deita-se suave perfumada
tal qual a noiva descarada
com vontade de acariciar o linho...
Banho quente e frio,
doce arrepio,
fustiga-lhe o tempo
o corpo ainda belo
crepitando pelo ardor
do banho só,imagético do Amor!
Chora por dentro...
a pele ri por fora
amanhã há uma nova aurora:
Quente e frio o banho de Pandora!
Elvira:) |