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Artigos-->Revoluções e movimentos celestes -- 17/02/2003 - 10:33 (Carlos Luiz de Jesus Pompe) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No dia 11 de fevereiro, a Nasa divulgou fotos tiradas pela sonda Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP) indicando que o Universo tem cerca de 13,7 trilhões de anos e somente 4% de sua composição são átomos de matéria. "Estes dados são sólidos, uma verdadeira mina de ouro", disse Charles Bennett, chefe da missão, lembrando que a margem de erro é de 1%: "Conseguimos uma imagem detalhada do Universo em sua infância e, graças a esta foto, seremos capazes de descrevê-lo com uma precisão sem precedentes".

Em órbita em torno de um ponto chamado Lagrange 2, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, a missão da WMAP, lançada em 20 de junho de 2001, é traçar um mapa do Universo, medindo as ínfimas flutuações de temperatura (anisotropias) presentes no cosmos 400 milhões anos depois do Big Bang, a grande explosão que deu origem ao Universo. As imagens revelaram que as primeiras estrelas que brilharam no nosso Universo se "iluminaram" cerca de 200 milhões de anos depois do Big Bang, muito antes do que se pensava.

Os conhecimentos vão se acumulando, em especial após o Renascimento, termo que designa os anos de 1400 a 1600 da história européia, quando emergiu uma nova concepção de Homem e Natureza, assim como um renovado entusiasmo pela cultura clássica. Período que rompeu com a visão de mundo que imperou no período medieval, dominado pela Igreja Católica. Flavio Biondo (1392-1463) foi o primeiro a considerar a Idade Média (medium aevum) como mil anos de decadência cultural e artística. Rompendo com esse período, o homem torna-se senhor do seu destino, sente-se orgulhoso das suas capacidades intelectuais e tende a valorizar o espírito de iniciativa de cada indivíduo.

Na Astronomia, Nicolau Copérnico foi o principal agente do Renascimento. Nascido Nikolaj Kopernik, em 19 de fevereiro de 1473, esse polonês colocou em circulação, em 1529, o manuscrito Nic. Copernici de Hypothesibus Motuum Coelestium a se Constitutis Commentariolus (Pequenos Comentários de Nicolau Copérnico em Torno de Suas Hipóteses sobre os Movimentos Celestes), em que expunha o heliocentrismo, mas sem cálculos nem diagramas que lhe dessem embasamento. Pouco antes de morrer, em 24 de maio de 1543, viu publicado seu livro De Revolutionibus (Sobre as Revoluções), com prefácio não-autorizado de Andreas Osiander, um pastor luterano (para Lutero, a razão era "uma cortesã do diabo") que insistia sobre o caráter hipotético do novo sistema (contrapondo o "fato", defendido pelos religiosos, de que a Terra, e não o Sol, era o centro do Universo) e com o nome modificado para De Revolutionibus Orbium Coelestium (Sobre as Revoluções do Orbe Celeste). Os protestantes, Lutero à frente, combateram a obra imediatamente.

Copérnico escreveu que a Terra cumpre "uma revolução em torno do Sol, como qualquer outro planeta". O sistema geocêntrico de Cláudio Ptolomeu já era incômodo para muitos astrônomos: as observações constantemente desmentiam a teoria. Copérnico construiu um sistema capaz de explicar as observações celestes. Em 1545, dois anos após a morte de Copérnico, o Concílio da Igreja Católica Romana, realizado em Trento, determinou que a "fé não só excluía qualquer dúvida, mas o próprio desejo de submeter a verdade à demonstração". Setenta anos depois de publicada, a Igreja Católica colocou "Sobre as Revoluções do Orbe Celeste" no Index, proibindo sua leitura e difusão.

O sistema coperniquiano foi provado pelas observações de Galileu das fases de Vênus e dos satélites de Júpiter, e Galileu quase pagou com a vida por isso. Copérnico considerava que os movimentos dos planetas era circular e uniforme. Foi Kepler o descobridor das órbitas planetárias elípticas.

Hoje, sem que as amarras e os preconceitos místicos criem tantos obstáculos para a investigação científica, e com os recursos tecnológicos decorrentes dos avanços do conhecimento, o homem não só não se considera o centro do Universo, como constatou a existência de bilhões de outros sistemas solares além deste que contém a Terra, e avança para uma compreensão maior do mundo em que vive, inclusive a ponto de localizar com maior precisão o momento do Big Bang, como divulgado pela Nasa neste fevereiro em que Copérnico completaria 530 anos.

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