Esses dias, por sugestão de alguns colegas que dizem que nós interpretamos mal a Bíblia por não a conhecemos bem, resolvi conhece-la, e fiz uma descoberta fantástica! Tais quais os religiosos, os ateus também seguem os conselhos da “palavra de Deus”.
Às vezes os religiosos nos chamam de libertinos, dissolutos, amantes dos prazeres e uma série de outros adjetivos; mas eu descobri que até nisso estamos também orientados pelos conselhos divinos, já que toda a Bíblia é palavra sagrada. Veja:
“Exalto, pois, a alegria, porquanto o homem nenhuma coisa melhor tem debaixo do sol do que comer, beber e alegrar-se; porque isso o acompanhará no seu trabalho nos dias da sua vida que Deus lhe dá debaixo do sol.” (Eclesiastes, 8: 15). Se é palavra divina, tudo bem, estamos seguindo-a.
Ainda adverte o sábio homem de deus: “TUDO QUANTO TE VIER À MÃO PARA FAZER, faze-o conforme as tuas forças; porque no Seol, para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” (Eclesiastes, 9: 10).
Quando eu disse e dei fatos como prova em meu artigo A INCONSISTÊNCIA DOS CHAMADOS CASTIGOS DIVINOS que as catástrofes não escolhem entre bons e maus, alguns religiosos ficaram irritados. Mas o próprio sábio de Iavé, homem inspirado, se colocou ao meu lado:
“TUDO SUCEDE IGUALMENTE A TODOS: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao mau, ao puro e ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento. Este é o mal que há em tudo quanto se faz debaixo do sol: que a todos sucede o mesmo. Também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade; há desvarios no seu coração durante a sua vida, e depois se vão aos mortos.” (Eclesiastes, 9: 2, 3).
Quando nós falamos que não acreditamos em vida depois da morte, eles ficam indignados conosco. Mas, como eles afirmam que nós só repetimos o que ouvimos outros dizerem, fui verificar e descobri que aprendemos isso da própria “palavra de deus”. Foram os homens santos e sábios de Yavé que disseram:
“Oxalá me encobrisses na sepultura e me ocultasse até que a tua ira se fosse, e me pusesses um prazo e depois te lembrasse de mim! Morrendo o homem, porventura tornará a viver?” (Jó, l3: 13 e 14). “...o homem se deita, e não se levanta: enquanto existirem os céus não acordará, nem será despertado do seu sono” (Jó, 13: 12).
“Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; NEM TÊM ELES DAÍ EM DIANTE PARTE PARA SEMPRE EM COISA ALGUMA DO QUE SE FAZ DEBAIXO DO SOL.” (Eclesiastes, 9: 12).
Às vezes, os religiosos ficam censurando alguns de nós que gostam de um pouquinho de álcool. Nem percebem que isso é outra coisa que aprendemos também dos conselhos do sábio de Yavé:
“Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe o teu vinho com coração contente” (Eclesiastes, 7: 9).
Nós, diferentes de alguns religiosos que vivem dirigindo insultos e até palavrões contra os ateus, gostamos de tratar bem os interlocutores, porque ficamos mais satisfeitos em ser bem tratados. Todavia, aqueles que tanto nos censuram e nos dirigem tais palavrões ignoram que foi o próprio Jesus, que eles dizem ser o mestre deles, que nos ensinou isso: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles.” (Mateus, 7: 12).
Nós fazemos tantas coisas que eles desaprovam mas foram aconselhadas pelos que eles chamam de homens de deus, e ficam nos xingando, depois, ainda dizem que nós é que somos ímpios, blasfemos, imorais, etc.