Na época dos livros, quando um autor ou revisor dava uma mancada na transcrição das palavra ao texto, depois da revisão, só uma outra edição-impressão resolveria o problema. Às vezes, quando o escritor trocava suas figurinhas com seus leitores - Lobato e as crianças - , ou com seus parceiros - Mário de Andrade com Manoel Bandeira -, podia-se esclarecer dúvidas, apontar defeitos de edição, criticar e debater. Sim, havia um intercàmbio entre escritor e leitor, com a ajuda benfazeja da imprensa também. As coisas dependiam dos antigos correios, bem mais lentos que o envio de informação atual. Montanhas de livros se perdiam por defeitos pequenos. Os autores se submetiam ao revisor-editor com muito sacrifício, mas com muita gratidão também, afinal, é sempre bom agradecer aqueles que limpam nossas cagadas.
Com o texto midiático as coisas mudaram de figura, no entanto. O escriptor novo tem condições de confrontar-se com seu leitor quase que instantaneamente. Melhor, quando faz a releitura do texto publicado no site, pode corrigir eventuais erros e receber críticas ou sugestões via correio eletrónico. Tal facilidade, tenho certeza, encantaria qualquer modernista.Tomemos este exemplo simples . Publiquei o texto Paraísos da net e, como um tolo, na primeira palavra, escrevo LIMINESCÊNCIAS ao contrário de luminescências. Eis que releio o texto e encontro o erro. Está feita a revisão.Posso receber um corretivo via mail, também. O escriptor novo é interativo. Se estivessem vivos, Oswald, Mário, Manoel, Drummond,todos eles, como faz Millór, teriam seu blog-página, pois amavam a escrita. Por isso, VIVA A NOVA ESCRIPTA. |