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Poesias-->FEBRE PAULISTANA -- 01/03/2018 - 00:39 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 




A Febre Amarela vitimou um macaco




e fecharam o zoo de São Paulo.




No entanto, mesmo sem visitas




os bichos do zoo mantém a rotina.  




O Leão Paulistano mesmo sozinho,




prossegue o rugido;




sintonizou o ronco com a hora do “rush”,




porque o “rush” da cidade é felino,




gato vidrado parado à noite




e pela manhã,




outra língua lambe as ruas.




A Girafa Macho Paulistana 




ainda espera a  Fêmea




com seus lábios leporinos,




tão altos,




eles se chamam desprezo.




 




Fecharam o zoo de São Paulo.




Os bichos mantém a rotina.




O Tamanduá-Bandeira não espera visitas,




e quando anunciaram a extinção,




ele fechou os olhos;




mora em uma cidade




reparada mensalmente,




e que comemora pedaços:




(um pedaço de colégio 




fará quinhentos anos).




Ele é Tamanduá inteiro.




E o Rinoceronte então,




seu chifre  impede a visão




da alameda vazia.




Alguma coisa falta - ele pensa.




Seu chifre, no entanto, é a montanha,




a única de São Paulo.




O Avestruz Paulistano




também não nota mudanças,




o braço comprido do menino acenava




mas membro de criança não é pescoço




não sustenta cabeça de pássaro.




Para todos os outros bichos,




o silêncio de visitas desinteressa, 




mesmo porque ainda não descobriram




patê de gente para o jantar.




 




Apenas o Hipopótamo Paulistano




percebe a ausência de turistas.




Ele entende absurdos:




o seu tamanho;




boiar no meio da gordura




de um lago gorduroso




por anos e anos;




e a enorme taxa de  homicídios em São Paulo




por cem mil habitantes. 




O Hipopótamo Paulistano analisa os dados.




Não pode fazer nada.




 






Do livro:"A CIDADE POSSÍVEL"


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