O zéfiro abençoa toda vida,
Seu beijo nos lábios da flor
Cristaliza o vagaroso rubor
Da nova aurora estarrecida...
O rio desliza agreste pro leste,
Flui para foz em busca do mar,
Como um sonho no meu olhar
Gestando-se no Caos celeste...
Mar! Sobre o teu esplendor
Velejam frotas de desejos,
As ondas estriam dardejos
Apolíneos no vulto sem cor...
Infinito! Essência sideral,
Divina seiva e meu alimento,
Na escadaria do firmamento
Respiro teu alento astral...
© Jean-Pierre Barakat, 22.05.2001
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