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Poesias-->O CEGO DO CAIS DO VALONGO -- 03/12/2017 - 21:31 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 




O cego do Valongo




segue o rastro no piso azul




para entrar no metrô.




Não impeça a passagem.




O cego sem cão guia,




porque se libertou do cão,




segue com a  bengala as marcas azuis da trilha.




Ele quer entrar no metrô e seguir.




O cego já esteve no século XIX,




no Cais do Valongo, na cidade do Rio




chegando nu da África;




já virou e revirou correntes,




mas hoje, contudo, desceu do ônibus,




negro, magro, de calças jeans, camiseta, bengala,




e quis seguir o azul do pavimento.




Não evite seu rumo,




porque o cego sabe onde está.




Ele consegue ser alegórico.




antes de entrar no vagão




e diz para os atônitos da plataforma:




“No mundo dos cegos,




o homem é um meio centauro




e os cavalos são a criação final.




Lindos!”




 




DO LIVRO: ADVERSOS E OUTROS MOMENTOS



 







 


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