"Não se extrai poesia do nada. Hoje todo mundo é gênio, sem suor, sem lágrimas, é impressionante."
"Acho que todo autor deveria ser tradutor por um tempo e prestar esse serviço à língua, principalmente numa nação monoglota."
"Ninguém hoje está criando nada de novo. Estamos apenas meditando sobre aquilo que já foi produzido."
"Ninguém é bom poeta se não for bom leitor e, num país como o nosso, de tradição fraca, esse diálogo com ela se torna ainda mais necessário."
Sobre a morte de Haroldo de Campos:
"Não muda nada. Acho Haroldo e Augusto intelectuais notáveis e tradutores notabilíssimos, mas não consigo ler a poesia que eles fizeram."
Sobre si mesmo, como pessoa:
"O homem Ivan Junqueira é um ser precário, efêmero, que perdeu o consolo da fé há muito tempo. Por isso, meus temas serão sempre a precariedade, a glória e a miséria da condição humana."
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[Ivan Junqueira, poeta e tradutor, que lança seus "Melhores Poemas". Fonte: Folha Ilustrada, 08/11/2003.]
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