Usina de Letras
Usina de Letras
245 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->NO SUPERMERCADO -- 01/08/2017 - 00:06 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


    



    



A mulher,  com a filha pequena no carrinho,

escolhe latas no supermercado,

quando passa pelo homem.

Foram anos de estudo

suspeitas e dúvidas,

para chegarem a presença súbita

de um olhar recíproco,

sem sequelas.

A mulher não percebe

o denso contato  que provou,

mas já está longe

de qualquer alcance;

está livre para seguir,

escolher o vinagre

que cortará o gosto da carne do jantar;

comprar a gilete do marido

que cortará a sua carne branca;

comer o doce no café

sem conhecer bem

a cria daquele contato visual;

chamam “laço oculto”.



O laço oculto do estímulo

alisa o bom senso da mulher,

sem se deixar notar

e prontamente se desfez em um transe 

que penetrou as compras.



O laço também se rompeu no homem. 

Havia nele a inocência funcional do brusco.



E mesmo assim,

carrinhos vazios lotavam os corredores.





Do meu livro:"ADVERSOS E OUTROS MOMENTOS"

 





 

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui