O vaqueiro das letras sonolentas
Em versos lentos passeava
Na lentidão de cada passo
Parado, em pé, feito compasso
Traça círculos na mente
De repente, em versículos,
Velozmente, a vida passa
Passa a vida, passa o tempo
Passa boi, passa boiada
Passa o vaqueiro na estrada
Só a saudade não passa.
II
O berrante cadencia o passo
O boi faz a estrada
Evem a boiada do Gorutuba
Suando o ribeiro que bebeu
A pastagem vem na carne
Uma tonelada em cada boi
Tira o pé do chão, Diamante!...
Afasta, Pimenta-de-nico...
Avante, Lampião!
Vai Corisco!...
Sai, Angico!... |