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Artigos-->Concursos literários sob suspeita -- 12/02/2003 - 08:04 (Maria José Limeira Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CONCURSOS LITERÁRIOS SOB SUSPEITA

Maria José Limeira



Os concursos literários via Internet estão sob suspeita, por “vícios”, “arrumadinhos”, e “panelinhas”, onde os mesmos escritores são agraciados, sempre.

Promovidos por sites e listas de discussão, para escolha dos “melhores”, o que se nota é que instalou-se uma verdadeira batalha campal à cata de votos, onde vale tudo, inclusive votar em si mesmo uma, duas, três vezes, até o infinito e, depois, colocar o resultado no próprio currículo: poeta premiado.

Concurso literário virou, portanto, corrida de cavalo.

Os concorrentes são asnos, uns ingênuos por acreditarem na lisura dos certames, e outros, muito maliciosos e “sabidos”, campões de votos que deram a si mesmos, ou que ganharam dos “amiguinhos”e, com isso, obtiveram boa colocação.

Campeiam, em sites e listas, os famosos votos de curral, comprometidos com a eleição de amigos, parentes, patotinhas e simpáticos aos Moderadores.

Quem se arvora o direito de contestar é expulso sumariamente do lugar e tem seu endereço bloqueado como “indesejável”.

Como nas velhas oligarquias, famosos medalhões das listas permanecem no poder indefinidamente, como “melhores”, conseguindo a colocação através da fraude do voto duplicado.

Não é difícil comprovar a fraude.

Basta visitar sites e listas e ler a divulgação dos resultados: os mesmos poetas de sempre são ganhadores, graças à política de simpatia, aos serviços assistenciais prestados na comunidade literária, e à boa perfomance nas famosas “panelinhas”, onde não custa nada votar nos amigos, sem levar em consideração a qualidade dos textos.

“No mês que vem, a gente troca: eu votei em você agora, amanhã, você votará em mim”.

Esta política de escolha viciada, copiada dos “coronéis”, está prejudicando e levando ao descrédito outros concursos sérios, comprometidos com os bons textos, onde jovens escritores procuram espaço para se afirmar.

Já está famoso o caso de uma lista de tercetos, onde texto de uma poetisa foi plagiado, e o plágio votado como melhor, pelos mesmos da panelinha.

O texto votado como melhor era de autoria de outro poeta amigo do dono do negócio, que promovia o concurso.

Para justificar o voto, os donos disseram que “a cópia era melhor do que o original”, confirmando assim o plágio.

Por ter contestado o plágio e o voto viciado, a poetisa foi expulsa do lugar, sem direito de defesa. Por extensão, foram expulsos, também, o que a apoiaram.

Todos foram considerados “indesejáveis”, graças à decisão da Comissão de Inquisição, instalada na lista com a finalidade de censurar textos de poetas e dar sumiço aos “inconvenientes”.

Esse tipo de irregularidade começa a ser contestado por escritores, que estão se mobilizando para enfrentar os “coronéis da literatura”, denunciando-os abertamente, sem medo de represálias.



(Do livro “Crônicas do amanhecer”).

Maria José Limeira, escritora e doce jornalista democrática de João Pessoa-PB.

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