Elke Maravilha A Zuzu Angel, Daniel Más e Pedro de Lara “Canalhas! Canalhas! Vocês já o mataram!...”

(Tem gente que é tão pobre, que só tem dinheiro!)

Cabelo louro esvoaçado, batom vermelho escrachado,

Salto alto escancarado, roupas coloridas e unhas aguçadas...

“Chacrinha libertava!” Drag Queen de si mesma, Elke Maravilha...

Ó que maravilha esta sensação de liberdade!

Ó que maravilha esta sensação de ousadia!

Discutida, perseguida, esnobada, ignorada, caluniada...

Reinventada, renovada, revoltada, recuperada, renascida...

Jurada juramentada julgada...

“A bênção meu painho Chacrinha!

Beijão enorme para o Brasil todo! V

ocê é linda, vai para o trono com certeza!”

São Petersburgo, Leningrado, de Shostakovitch, de Dostoyévski, de Brodsky, de Elke...

Itabira de Drummond, de Beatriz, de Horácio, de Elke...

Vor der Kaserne Vor dem großen Tor Stand eine Laterne Und steht sie noch davor!

“Sou anarquista! Há governo, sou contra!”

Apátrida por força de ditadura! Brasileira cosmopolita!

Bricolagem de fragmentos de uma alma barroca naryshkin...

Explosão de desejos costurados numa patchwork...

Superação dos limites do cotidiano pelos horizontes solares dum sem fim!