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Artigos-->A REFORMA ORTOGRÁFICA E SUAS DEFORMAÇÕES -- 11/02/2003 - 11:50 (JOÃO DE FREITAS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Nesses conturbados dias de anúncios reformas tão deformantes, lembrei-me da reforma ortográfica. Embora contendo várias atualizações importante, algumas são prejudiciais, aumentando os problemas ortoépicos.



“Em 1990, os sete países de língua portuguesa assinam o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, um projeto para unificar a escrita das palavras em português... Portugal é o primeiro país a ratificar o acordo, em 1991, seguido do Brasil, em 1995. Os países africanos ainda não o ratificaram...



A reforma prevê a alteração de 1,6% do vocabulário de Portugal. No Brasil essa taxa é de 0,45%. Em Portugal desaparecem as letras mudas “c” e “p” das palavras em que não são pronunciadas acção e Egipto.



“No Brasil e em Portugal caem os acentos agudos de paroxítonos que têm “éi” na sílaba tônica, por exemplo Assembléia. O acento diferencial deixa de existir em palavras homófonas (que têm o mesmo som, mas significados diferentes). É o que acontece com pára (do verbo parar) e para (preposição). Todas as palavras paroxítonas terminadas em “oo” perdem o acento circunflexo, como abençôo. O uso do trema é abolido. As palavras escritas e pronunciadas de maneira diferente, embora com o mesmo significado, continuam com dupla grafia, por exemplo, aspecto (no Brasil) e aspeto (em Portugal).” (Almanaque Abril, 1998, pág. 106).



“A reforma ortográfica ratificada pelo Brasil, mas que não entrou em vigor por falta do necessário número de ratificações, elimina o trema, o que é um farto material para a torre de babel, provocando grave confusão de pronúncia. Muito bom seria que essa reforma nunca vigorasse, embora em muitos outros pontos seja ela benéfica” (Proteja Sua Língua, pág. 79, edição de 1999). Felizmente, parece que esse meu desejo ficará satisfeito.



Outro problema da reforma, segundo noticiado na TV à época, seria a eliminação do acento em palavras paroxítonas terminadas em ditongos crescentes. Isso é um grande complicador, como se pode ver na expressão “informação da secretaria”. Se recebo uma informação da “secretaria” não tenho que recebe-la obrigatoriamente da “secretária”.



Está certo eliminar alguns acentos, como no caso de “vôo”, “vêem”, etc. Mas em paroxítonas terminadas em ditongo crescente é um problema, assim como a supressão do trema. É muito mais simples termos informação gráfica sobre a pronúncia do que ficarmos obrigados a descobrir pelo contexto da frase, o que nem sempre é possível, como no exemplo dado acima. Isso nos aproxima da confusão fonética inglesa, com tantos sons para uma mesma letra. Embora uma língua de poucas flexões, acho muito complexa a pronúncia inglesa. Veja-se a preposição “but”: uns dizem “bat”, outros, “bât”, outros “bur” (Ouça Johnn Lenon em “Mather”), outros “bar” (Conjunto Aba em “The winner takes it all”). As palavras “beatle” e “Seatle” têm de diferente apenas a primeira letra, no entanto “beatle” se pronuncia “bítol” e “Seatle” é “seátol”, e não “sítol”.



Tratando-se da nossa língua, muitos acham difícil entender o uso do trema (¨), ao passo que eu considero-o bem mais simples do que a confusão criada com sua eliminação. Estou feliz com o fato de a reforma não ter entrado em vigor.



Suprimindo as duas alterações que mencionei (eliminação de acento em paroxítonos terminados em ditongo crescente e supressão do trema), acho que a reforma seria boa. Mas com essas duas mudanças seria nociva à nossa ortoepia.



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