Usina de Letras
Usina de Letras
160 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62272 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10381)

Erótico (13573)

Frases (50661)

Humor (20039)

Infantil (5452)

Infanto Juvenil (4778)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6204)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Mini tese sobre a origem da arrogância dos EUA -- 11/02/2003 - 11:27 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Faz algum tempo que venho pensando nos norte-americanos de maneira menos ácida que a que normalmente caracterizava minhas reflexões sobre os “ianques”. Tal postura ganhou corpo desde o deplorável 11 de setembro, quando os terroristas fizeram ruir as torres gêmeas e com elas a vida de milhares de pessoas em Nova Iorque. Isso não significa que minhas ressalvas contra o “american lifestyle” tenham desaparecido completamente. Elas ainda existem, só que agora num outro nível, a partir do entendimento que identifica na história desse país a disposição efetiva dos seus governantes de incutir na alma dos cidadãos um sentimento de superioridade sem paralelo na História da humanidade, como sendo a causa principal da arrogância e prepotência com que os EUA tratam os demais povos do mundo.



Poder-se-ia dizer que a suposta inteligência superior dos norte-americanos, que a priori explicaria seu fantástico progresso econômico, é patente mesmo quando se avalia a aplicação do intelecto na fabricação de armas letais, como a primeira bomba atômica lançada contra Hiroshima.

Sem dúvida outros países além dos EUA estavam desenvolvendo tecnologia nuclear, com a essencial diferença de que somente os norte-americanos objetivavam lançar mão da radioatividade com fins militares e imperialistas. Tais fins justificam os meios: a decisão de matar milhares de pessoas, com uma única bomba, em resposta ao ataque japonês a Pearl Harbor, ou a mais recente investida norte-americana contra o Iraque, quando os ianques já admitem usar armas nucleares se tão somente suspeitarem que Saddam Hussein utilizará armas químicas contra os EUA e seus aliados.



Que simplismo pensar que os americanos são um povo privilegiado por Deus ou pela natureza com uma inteligência superior à dos demais do mundo, sendo essa a causa de seu fantástico progresso científico e econômico.



Minha tese, a qual intenta suscitar debates não-ideológicos, se tal for possível, é que, semelhantemente ao Império Romano e à Alemanha de Hitler, os EUA querem dominar o mundo pelo uso da força, admitindo usá-la unilateralmente sempre que seus interesses estiverem sendo ameaçados. E esses interesses, esclareço, são meramente econômicos. Todas as outras justificativas, como a defesa da democracia no mundo, o combate ao narcotrático e ao terrorismo, são subterfúgios hipócritas que intentam convencer a opinião pública mundial do papel de guardião da liberdade mundial arrogado pelo Império Ianque.



No caso específico do Iraque, não é evidente que não se trata de uma disposição férrea de eliminar um “iminente perigo” à paz mundial a insistência norte-americana em guerrear contra Saddam Hussein, mas uma manobra para controlar e administrar os poços da segunda maior reserva de petróleo do mundo, tendo em vista que dessa fonte de energia depende umbilicalmente a economia norte-americana?



O petróleo está para a economia do império dos EUA como a mão-de-obra escrava para o império romano. Os césares queriam estender seu domínio pelo mundo em sua época não porque gostariam de oferecer aos povos dominados um estilo de vida sob a “pax romana”. Seu grande interesse nas guerras de conquista era subtrair dos povos a mão-de-obra necessária à manutenção dos privilégios da corte e dos cidadãos romanos. É possível fazer esse paralelo com os dias correntes, não?



Diria mesmo que “limitar o poder do Governo Federal sobre os Estados e garantir a liberdade de cada cidadão americano”, princípio fundamental da Constituição Norte-americana, poderia muito bem ser adotado, num recuo histórico, pelo Estado Romano, desde essa liberdade seja conseguida e mantida à força e ao custo de vidas e da liberdade de outros povos.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui