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Discursos-->Pior do que a graninha micha que desembolsam -- 01/04/2003 - 20:21 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Acabo de passar pela jaula, digo, pelo quadro de avisos . Quase fui às lágrimas. Teoria da conspiração em marcha (essa gente enxerga tudo com uma lente de aumento comprada certamente em lojinha de R$ 1,99, só pode), como se eles próprios já não fossem ameaça suficiente até para si mesmos, alguns rankeiros chacoalham as grades a valer, urram, fazem um estardalhaço que dá gosto. Chegam a supor que a perda de visitas computadas para certos textos seja represália por serem pagantes. Se desesperam. Vixe!

Do meu ponto de vista, pior do que a graninha micha que desembolsam (só 4 passagens de ônibus) para publicar suas algaravias, é o mico, o sapo que estão pagando por não saberem discernir o lamentavelmente ínfimo alcance efetivo de cada uma dessas medidas progressivamente impostas ao site (o próprio quadro , os patrocínios, destaques e, por último, a categoria eufemicamente classificada como a dos usuários-assinantes), em face do seu amplo poder destrutivo das relações que já se mostraram possíveis e produtivas dentro dele.

O fato é que esse pequeno grupo escolheu expor suas víceras e mazelas à visitação pública, usando todo o seu tempo ocioso na jaula autopatrocinada para controlar seus ganhos literários imediatos. É de cortar o coração. Não quero adiantar nada, mas sei de uma tese que vai mostrar a influência nefasta exercida sobre eles pelo Big Brother Brasil da Rede Globo, para não falar da Casa dos Artistas, que deve estar voltando pelo SBT. Da jaula, esse nosso ínfimo contingente de pagantes voluntários supõe alimentar um exército de pessoas ávidas por suas brilhantes produções textuais.

"Emputecida", assim se diz uma das mais lidas, com a perda súbita de preciosas visitinhas. Outro, sem um pingo de pudor, parece que só pensa naquilo, quer de volta as leituras anteriormente computadas, num saracoteio sarapantoso. Que falta faz a opinião pública, não é mesmo? E ele inclusive se recorda muito bem de como estava a situação ontem à noite, ou seja, está mesmo cuidando das suas conquistas, assim como cuida de corrigir nos textos alheios o que ele próprio desconhece do idioma. E põe desconhecimento de causa nisso! Será de nascença? O que vejo é que ele acaba sobrecarregando sobremaneira os pobres neuroninhos combalidos pela luta ideológica que vem travando em prol da Pax Americana.

________________________


Deixo aqui algumas sugestões para livrá-los do escárnio público a que voluntariamente vêm se expondo todos os dias, desde que o site passou a lhes oferecer mecanismos para que o seu masoquismo exacerbado viesse à tona. Algo como dizer ao sr. Waldomiro, perdoai-os, eles não sabem mais o que fazem, perderam o senso, o pudor, as estribeiras, tudo. Ontem mesmo, barata às tontas, um deles pedia orientação, como se numa overdose de naftalina. Proponho que o quadro , assim como o chat e o forum , deixe de ser acessível aos não-pagantes e aos que não têm nada a ver com essas deprimentes cenas dantescas. Por que ainda as visito? Ah, sim, porque ainda quero ser solidário, tentar minorar-lhes o sofrimento, mitigar-lhes as duras provações por que vêm passando, construir relatos como este que o leitor prazerosamente deve estar lendo. Ainda acredito na ajuda ao próximo (é sério!). Mas, em lá estando, me sinto impotente, sem poder lançar, no calor da má hora, as minhas mensagens sempre benevolentes e balsâmicas.

Não sendo mais acessível aos não-aderentes, aquele espaço ficaria sendo então uma espécie de reserva imoral, assumiria mesmo as características de uma jaula ou viveiro, longe dos olhos da turbamulta. Talvez observado por alguns especialistas. Talvez. Seria benéfico para os próprios leitores das vítimas. Acho uma pena, por exemplo, alguém que acredita numa determinada escritora, ser obrigado a vê-la de repente em trajes sumários, chuçando impiedosamente a próstata do primeiro que não consegue mais conter o riso constrangido. Uma pena também para os seguidores de um certo ide-óleo-go , defensor da benigna e redentora democracia americana, perderem de repente a fé que nele depositavam, só porque o infeliz agora deu de ficar com o ábaco na mão (aquele de brinquedinho), contando as visitas que recebe e as que lhe surrupiam.

Outra sugestão, capaz de sanar definitivamente o estado de coisas insuportável instalado no usina , seria eliminar o ranking do nosso horizonte de falta de expectativas. Que cada qual tivesse acesso a sua própria lista de publicações e respectivas visitas, mas que não se exibisse mais essa cômputo geral, essa mixórdia que tanto corrompe macacos velhos de guerra como jovens escritores, que vão com muita sede de ascensão social ao pote (perdão pelo arrevesamento estilístico, mas não posso perder nenhuma piada, mesmo que de mau gosto, mau gosto!).

Por hoje, é isso. É claro que, enquanto houver o quadro de avisos , eu estarei lá, sempre de passagem, dando a minha conferida, como faz toda kombi do serviço social. Vejam que a minha proposta passa até mesmo por cima de uma minha (olha o cacófato!) necessidade de ajudar o próximo. Mas abro mão de tudo para não vê-los mais nesse estado de degradação. É verdade, o que hoje ali fui encontrar me deixou bastante alarmado. Como eu dizia no início, quase fui às lágrimas. É triste ver tantas carreiras promissoras se consumindo assim sob o poder da grana que ergue e destrói coisas belas. Triste ver tantos jovens sucumbindo à sanha devoradora da vaidade instituída em sistema.

Oremus.
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