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Artigos-->Acomodação -- 06/02/2003 - 23:05 (Rodolfo Galvão de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A casa, a sala, a cozinha, o quarto não tinham, não tinham importância alguma e o que de fato importava era a predisposição de sair às vias de fato, entendendo, levar alguns tapas e socos no rosto, estômago e sair infeliz da refrega.

No desvão do conhecimento prático do combate, próprio dos guerreiros soldados, os reis e generais não lutam, colocam prepostos na sua guerra. E eu, quem sou, senão um guerreiro de causas perdidas dos senhor poder, dono do mundo riqueza e capital. Mas sou de paz.

O que é ser de PAZ? Levar o estômago vazio para o trabalho e não reclamar, agradecer, ainda, a Deus, pelo trabalho a mim oferecido por ser ele uma dádiva dos céus? É ter direitos surrupiados e suplique agradecer a injúria: “... nos perdoe como assim perdoamos os nossos devedores...”

O direito à vida eterna me exige humildade aceito todas as humilhações da soberba e do orgulho, de outrem, porque é dos humildes o reino de paz e eterno. Exige-me também pobreza, vida miserável com doenças e sem médicos e remédios, porque é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha que entrar no paraíso.

Também sou obediente, obedeço à autoridade e o que ela representa como vontade dos céus, ela está com o aval das religiões, e em sendo obediente sou o agno e habitarei ao lado do pai na morada eterna.

Eu sou da paz porque acredito na manutenção do status quo. O revolucionário é aquele que despreza o futuro em um reino que não é desta terra. Eu sou da paz porque não quero que ninguém mate ninguém, morrer de fome é contingência de humildade, pobreza e obediência, é estar em paz com as forças espirituais superiores (anjos, querubins, serafins, e outros).

E enquanto eu sou da paz e aceito tudo, homens, em nome do conhecimento e da riqueza vão usurpando a terra, com palácios e igrejas luxuosas, onde se compra a eternidade com o pequeno salário que recebe e doa a seus séqüitos.

Enquanto sou da paz os traficantes invadem as ruas e as escolas, e o aparelho de segurança do estado nada faz, vítima também. Não é possível estar sem posição formada; enquanto sou da paz as leis são extintas ou mudadas e continuo perdendo meus direitos conquistados às duras penas.

Mas um dia deixarei de ser de paz e me transformarei em um ser humano, não de uma vida futura, mas daqui mesmo deste mundo...

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