Tornei a ler a manchete. Meu cérebro nervoso já se punha a imaginar um festival de cinema pornográfico em algum lugar de nuestra America. Mas, aliviado, constatei que tinha mesmo a letra "N". No Uruguai, suponho que em Punta del Este, um festival chamado CINE DE PUNTA.
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"Em qualquer assunto, o pessimismo é sempre recomendável. Tende a ser mais estético e elegante."
[Marcelo Coelho, em "Sobre os prazeres de usar xampu", Folha E 6, 05/02/2003]
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- Sexo?
- Como assim?
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- Sexo?
- Enoooorme.
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- Sexo?
- Uma vez só. Em Bariloche.
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- Alô! É do Disk-Kamasutra?
- Atenção, isto é uma gravação. Por favor, aguarde na linha, no momento todas as nossas posições estão ocupadas.
[Depois do Adão Iturrusgarai]
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E você,
FOME ZERO de quê?
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Agora o governo vai ter que dar uma boa "guaribada" nesse projeto.
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Em São Paulo, uma peça chamada:
NOSSA VIDA NÃO VALE UM CHEVROLET
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O craque Luis Pereira, que faria carreira na seleção e no Barcelona, começou no glorioso São Bento de Sorocaba, onde atendia pelo nome de Chevrolet.
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Na Folha Informática, um título "bombástico":
ECOS DA EXPLOSÃO
[Matéria sobre o desastre com o ônibus espacial COLUMBIA]
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"O mito de que os peladeiros fizeram a história do futebol brasileiro aconteceu na literatura, não dentro do campo."
[Tostão]
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"Preocupa-me que transformem Kaká em um exemplar mauricinho, num despersonalizado garoto-propaganda, refém do mercado e do sucesso. Além dos riscos de atrapalhar o seu futebol, ele não será um bom exemplo para parte expressiva de jovens que pensam e contestam."
[Idem]
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Não sabia, agora sei, eu tenho, você tem, nós todos temos uma CÓCLEA.
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- E a senhora, como tem passado?
- Ai, Doutor, eu já nem sei. Eu acho que tô é c o sistema nervoso.
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- No espaço, pense bem, pessoas são um incômodo.
- Não só no espaço, Mr. Krugman, não só no espaço.
[Depois de uma afirmação de Paul Krugman, economista, professor da Universidade de Princeton e articulista do New York Times, opinando sobre o fracasso e a inutilidade dos vôos espaciais tripulados.]
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"Estou preocupado com o governo Lula. Dado o estado em que ele pegou o país, nada poderá dar errado. Contudo, para fazer o Brasil andar, Lula foi obrigado a fragmentar a história do PT e a entregá-lo, de bandeja, nas mãos de astutos adverários. É nesse mar de detritos fisiológicos e entulhos de interesses contrariados que ele colocou seu barco. O problema é Lula ter se apossado do mesmo leme de FHC para navegar. Tomara que não haja tempestades lá na frente, porque é o fantasma de FHC que está conduzindo o barco sorrateiramente."
[Wilson Gonsalez, Garça - SP, no Painel do Leitor da Folha, 05/02/2003]
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Uma amiga do colunista Zé Simão achou uma gatinha na rua e levou pra casa. Com o tempo, a bichana fez por se revelar uma encrenqueira de marca, arranhando todo mundo. Adivinhem só o nome que puseram nela? Heloísa Helena.
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NAQUELES DIAS
"Há quase uma semana o governo sangra em público."
[Fernando Rodrigues]
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"Esse é o verdadeiro drama que estamos vivendo. Não é a vontade pessoal e deformada de um único homem que pode desencadear uma guerra localizada, como a do Iraque, mas a de milhões de cidadãos bem nutridos, tecnologicamente bem aparelhados, que comem pipoca no cinema e bifes monstruosos nos churrascos dos fins de semana em seus jardins gramados."
[Carlos Heitor Cony]
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TIRANDO UMA LASQUINHA
"Horas depois da explosão do ônibus espacial Columbia, no último sábado, já apareciam em um site de leilões on-line ofertas de venda de destroços da nave."
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- Que providências devo tomar para proteger o meu micro?
- Não deixe nunca de consultar o ranking das infecções.
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MAIS UMA VITÓRIA DOS TABAGISTAS
Por US$ 19, fumantes podem acoplar a seus micros um kit acendedor cigarrros. O dispositivo é similar ao dos automóveis, servindo também para recarregar celulares."
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Os anti-tabagistas, suponho, devem partir imediatamente para o revide, tornando obrigatório o aparecimento, na tela, de uma frase de alerta contra os males do tabaco, toda vez que o referido dispositivo seja acionado.
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Toda vez que eu leio a palavra U-zine, eu puxo o revólver.
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Eu prefiro ler o ZPA, essa metaformose ambulante, do que ter aquela velha opinião desinformada sobre tudo.
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"Nossas línguas ocidentais estão cansadas de fazer sentido, em círculos semânticos viciosos e viciados. Chegamos a uma espécie de regurgitamento, de engarrafamento semântico, em que os sentidos se engalfinham e se auto-anulam, numa situação histórico-discursiva que Barthes caracterizou - em conversa particular que com ele tive - de "infelicidade semântica".
[Leyla Perrone-Moisés, citada por uilcon pereira em "A educação pelo fragmento"]
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grafito de banheiro
bi: cagas fora do vaso
por que não cagaste dentro?
tens a bunda fora de esquadro
ou o cu fora do centro
[uilcon pereira, em "A educação pelo fragmento"]
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"A poesia não é tanto uma questão de crenças mas de prática. É ela que me dá o maior grau de liberdade. Todas as outras formas de expressão parecem nos prender. Há, por exemplo, na ficção toda a pressão da trama, que tem de ser construída de uma determinada maneira; e ela é, em geral, produzida para o mercado. Quanto à poesia, não há mercado para ela. E isso é bom. Quer se seja desconhecido ou famoso, não se pode ganhar dinheiro com poesia. Isso é um privilégio, pois assim não há como ser capturado ou deformado. Há nela, portanto, uma imensa liberdade."
[Hans Magnus Enzensberger, citado por uilcon pereira em "A educação pelo fragmento".]
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Em teses e monólogos , confira a entrevista-bomba concedida por ZPA à RU [Reflexões Usineiras], série que, mesmo sem ter ido, finalmente está de volta. Nos braços, digo, nos tentáculos do polvo.
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