Vê-lo? Não o vejo!
Ouvi-lo? Não o ouço!
Cheirá-lo? Não tem cheiro!
Prová-lo? Não tem corpo nem paladar!
Só sinto o intenso
E é curioso...
Percorre-me todos os sentidos!
Disse um mago poeta
Que "trabalha" sem se ver
Em linha recta
E é tão bonito perceber
Que ao fogo por cortesia
Não se deve chamar nomes feios
São tão belos e saudáveis os rodeios
E que bom é eriçar as penas
As melenas, a ponta do nariz e os seios
Cegar, ensurdecer, emudecer
E insensibilizar a dor!
E isso é amor... isso é...
Como é que hei-de chamar
Ao trabalho do fogo?!
Ah, porque pensei em cama
Vou rimar: chamarei chama... a...