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Poesias-->O Corsário -- 10/05/2001 - 13:46 (Vanessa Mazza Furquim) |
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Seu semblante era duro como o ouro que carregava,
E tinha nos olhos frios o mesmo brilho do duro metal de sua espada
Ninguém teme uma imagem sem corpo.;
Uma alma sem história.
Ele havia desbravado os mares e preenchido as vagas com sangue.;
Sangue dos outros.
De sua veia, diziam na lenda, não escapara uma só gota.
Ambição desmedida o impulsionava entre as tempestades,
O brilho e o peso de ouro em suas sacas lhe davam a coragem
Amava apenas à uma bela mulher.;
Uma estátua de Ártemis no casco de seu grande navio.
Seus companheiros viam-no como um líder incontestável
Seus inimigos, como um mito temível.;
As mulheres, como homem desprezível,
que lhes roubava a liberdade ao vendê-las nos mercados.
Apenas uma entendia-lhe a alma profundamente a ponto de transformar sua vida num turbilhão de novas emoções:
Era Ártemis viva, que renascida das águas, aparecia subitamente...
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