Acabo de ver atribuída ao cineasta francês Jean-Luc Godard uma frase que conhecia como sendo do pintor alemão Paul Klee:
"A arte não reproduz o visível. Ela torna visível."
Na Folha de São Paulo deste sábado, 30/06/2001, página E 10, o cineasta Rogério Sganzerla escreve:
"Segundo Godard, "a sétima arte não reproduz o visível - ela simplesmente torna visível."
Nese mesmo texto, que tem por título "Ver/viver Zélino com amor/humor de envergadura", destaco outra afirmação do cineasta francês citada pelo cineasta brasileiro:
"Se excetuarmos essa parte do cinema que se chama televisão [que no Brasil nos sonega, rouba e desperdiça com o pior], o cinema tem a mesma influência que as pesquisas de laboratório ou a música de câmera."
Vou ficar pensando nisso tudo, enquanto não tiver nas mãos, e espero que seja muito em breve, o livro "Um Filme É um Filme", que reúne artigos de crítica cinematográfica do poeta José Lino Grünewald, publicados nos anos 60 pela imprensa.
Foi numa tradução do poeta que eu li o texto do cineasta russo Sergei Eisenstein "A montagem no cinema".
Para dizer do poeta José Lino Grünewald, bastaria uma coisa: ele traduziu "Os Cantos" de Ezra Pound para o brasileiro.
E acabei falando, de uma só talagada, de Klee, Godard, Sganzerla, Eisenstein, Pound e Grünewald. Uau! Que panorama fantástico! Não é pouco para um despretensioso fim de noite, de mais um sabadão sertanejo, no coração da Califórnia brasileira. |