A FILHA DA HILDA
Maria Hilda de J. Alão
Oh filha, que grande alegria,
Tem tua mãe neste dia!
Já foste Ave Abatida,
Depois Ave Batida,
Agora és Ave da Tida.
Depois dessa ressurreição,
À custa de cana e de limão,
Alegras-me o coração,
Pois geras lascivos pensamentos,
Em cabeças, a todos os momentos.
Ainda sob os vapores da “batida”,
E, em furiosa arremetida,
Libertas um “pássaro da gaiola”
De prazer o coitado esfolas
Entre as tuas penas macias.
És insaciável, para quem já foi falecida,
Se o pássaro tomba, tu acaricias
A cabeça para que se erga,
Como um galho que não verga,
Para, nele, sentir os prazeres da vida,
Pois, na luta da Batida com a Tida
Vences tu, filha da Hilda.
26/08/03.
(resposta à glosa de amigos
sobre a poesia “Ave Abatida”
publicada no site POESIA VIVA POESIA)
|