Maceras-me em lavandas da natureza
Em cachoeiras de fonte orvalhadas
Por entre ramos da mais sutil pureza
Em águas de cheiros aromatizadas.
E margeio o lago das acácias
No torpor estonteante do teu jasmim
As folhagens cobrem-me serena
De toda nudez que lavas em mim.
Agreste, deslizo meu corpo impregnado
De encantamentos nas águas enfolhadas
De mistérios em torrentes cristalinas
E mergulho meu ventre perfumado
Do teu selvagem pinho que inclemente
Banhas-me em águas almiscaradas.