Usina de Letras
Usina de Letras
22 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62285 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50671)

Humor (20040)

Infantil (5458)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6209)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->O Espião De Jesus Cristo, 2 livro -- 06/09/2006 - 10:56 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OPERAÇÃO CLONAGEM (O Espião de Jesus Cristo) _Finalmente liberado.

Marcelino Rodriguez

Pouca gente sabe, mas durante três anos fui agente especial da Cia. Como não
podia revelar meu trabalho nem pra minha mãe , era chamado de vagabundo,
apesar do meu Ray-ban legítimo e das roupas importadas.
Pedi demissão após meu último trabalho, quando protagonzei uma das maiores
farsas do show business mundial.
Eu, que conhecera pessoalmente, durante os anos que trabalhei na companhia,
entre outras celebridades, o lendário James Bond, mais conhecido como 007
(trabalhamos juntos na missão Muro de Berlim), derepente fui designado pra
proteger Michael Jackson, quando de sua vinda ao Brasil, em 1996. Embora na
Cia um agente não pode declinar de sua missão, fiquei frustrado quando soube
que não usaria armas. Nada de pistolas.
Encontrei meu instrutor no Aeroporto Internacional.
.....Qual a operação, Monsiuer? - Brincava assim sempre que via o chefe,
que era de origem francesa e nunca perdera o sotaque, apesar de residir nos
Eua havia muitos anos.
..... "Clonagem" . Você será o Michael. Ele não pode ser exposto.
Desconfiamos que vai haver um atentado. Há uma agente cubana na sua cola ,
desde Long Island.
.... "Isso é loucura" - pensei - nem com toda sofisticação da Cia. Michael
era inimitável. " - Está Brincando Mounsieur?
.... Calma, Beija-Flor (era assim chamado por meus colegas de espionagem por
ser, além de espião, poeta); Voce será instruido no Boing. Priscila já está
de prontidão. (Priscila, na verdade, era nome de guerra. Ela era paraguaia,
originalmente. Aliás, uma belíssima paraguaia, morena de olhos verdes e
pernas deliciosas)
.... Oi, Azafata! Brinquei, piscando-lhe o olho, enquanto dirigia-me a minha
poltrona, à espera de instruções.
.... Como vai Beija-Flor ? _ Cumprimentou-me, presenteando-me com com aquele
sorriso divino, enquanto entregava-me as diretrizes ,junto com o saquinho de
açucar.
Eu devia, quando o avião pousasse no aeorporto de São Paulo, distrair a
multidão como clone de Michael, que estava com a sáude um tanto frágil.
Queria guardar suas energias para o Show.
Estava chegando a hora. Fui levado ao compartimento onde estava o Michael.
Pediram (havia umas setenta pessoas, só na sua comitiva) que ele ficasse de
pé, para que eu pudesse ve-la de corpo inteiro. Era preciso que eu sentisse
sua atmosfera espiritual. Um clone deve ser perfeito.
Espantei-me ao ver como Michael estava branco. Eu que sempre o conhecera
como aquele menino negro que cantava "Ben".
.... Who are You? --- Disse Michael, sorrindo com simpatia , tirando os
óculos escuros e me estendendo a mão.
.... Hunning- Bird. .---- Respondi, explicando que eu era um agente
brasileiro a serviço da Cia. E confesso que mesmo com toda frieza
profissional não pude deixar de sentir o carisma do mito. Depois que ambos
recebemos as intruções, trocamos autógrafos. Michael justificou Ter pedido
minha assinatura com um argumento curioso.
.... Não é todo dia que eu vejo um agente da Cia. --- Disse, ressoando por
todo Boing sua voz particularíssima, através do tradutr automático, em
português.
Assinei "From Michael", to Humming-bird. Despedi-me e fui para minha
poltrona, na janela estratégica.
Pus a máscara branca tapando o nariz e o queixo, o chapéu de feltro negro e
as luvas. Completei o disfarce com um indefectível Ray-Ban. Essa foi a
imagem oficial de Michael enquanto esteve no Brasil, cok a foto ficando
célebre no exterior.
Ainda a mais de cinquenta metros de altitude, antes do pouso do Boeing, eu
já escutava os gritos da multidão, que superava em muito os barulhos da
turbina.
.... Michael! Michael! Michael!
Eu deveria, durante os exatos dez segundos que duraria a operação, expor
minimamente o rosto maquiado.
"Como deve ser dificil ser um megastar", pensei.
Desligado o motor, pus a mão enluvada para fora, mal mostrando o rosto
disfarçado, enquanto vi, nesses breves segundos, a multidão adorando-me,
enganada. Gente chorando, mulheres ajoelhadas, adolescentes histéricas,
idosos, gente famosa (pude indentificar, a poucos metros do Boeing, as
atrizes Carlas Marins, Adriana Esteves e Mayara Magri; os atores Miguel
Falabela, Luis Gustavo e José Wilker, o goleiro Zetti e outros menos
conhecidos. Todos emocionados com Michael. Quer dizer, comigo.)
Dei meu adeuzinho ao povo alucinado e e fechei a cortina, enquanto Michael
saia disfarçado entre o aglomerado, como um cidadão comum. Por outro lado,
fui perseguido por fotógrafos, fãs enlouquecidos e todo tipo de gente, até
entrar no furgão , protegido pelos seguranças. Olhando pelo retrovisor, vi
uma cena tão patética quanto comovente. Um deficiente tentava alcançar o
carro, dirigindo uma cadeira de rodas motorizada, enquanto esticava um papel
pra um autógrafo, que, evidente, não pude dar. Nunca me alcançaria.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui