Sorvete no Palito
Derrepente o mundo correu mais devagar. Engraçado como à s vezes conseguimos descer desse trem que nos leva sempre com pressa, e parar. Deixamos a correria e andamos em direção à s coisas simples dessa nossa louca existência terrena que vez por outra por um motivo qualquer acaba nos levando a crer que deve existir algo mais leve, êtero, espiritual mesmo.
Como em um filme ou descrito num livro, sentimos aquela leve brisa no rosto, vemos o céu azul claro, o verde nos cercando e gente nos rodeando. Gente simples, inocente, crianças, adultos sem compromissos ou descompromissados. Tudo isso se você puder e quiser te cerca num banco de praça.
Tudo fica leve, você, o banco, a companhia, as estórias, e até a vida fica mais fácil de ser dita. E o melhor, você sente isso em carne e osso. É real, palpável, é básico. Está ali, você pode pegar, tocar, viver. É fácil, está dentro de você, por isso talvez seja complicado de tão simples. Só é preciso despertar ou ser despertado.
Essa talvez seja a grande sacada para nossa louca vida, estar sempre ligado nesse despertador, ou melhor, ainda, estar sempre com alguém que te toque. Seja amigo (a), esposo (a), namorado (a), filho (a), neto (a), amante, esteja sempre cercado daquilo e principalmente de quem te faz bem. E se nesse momento você ainda puder saborear um picolé, ai, é bom demais.
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