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Teses_Monologos-->Minha Luta por Adolf Hitler - CAPÍTULO IX -- 19/09/2003 - 10:09 (((((EU SOU DO SUL))))) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CAPÍTULO IX - O PARTIDO TRABALHISTA ALEMÃO

Um dia recebi ordem da autoridade superior para ir verificar o que se passava num grêmio aparentemente político, cujo nome era "Partido Trabalhista Alemão". O dito grêmio pretendia realizar uma reunião por aqueles dias, em que deveria falar Gottfried Feder. A missão de que fui incumbido era ir até lá verificar o que se passava e, em seguida, apresentar um relatório.
A curiosidade do exército de então em relação aos partidos políticos era mais do que compreensível. A revolução tinha dado ao soldado o direito de participação na política. Desse direito faziam uso justamente os mais inexperientes. Só no momento em que o Centro e a social-democracia tiveram de reconhecer, com grande pesar, que as simpatias dos soldados começavam a se afastar dos partidos revolucionários para se inclinarem pelo movimento de reerguimento da nação, é que se julgou necessário retirar da tropa o direito de voto e de participação na política.
Era óbvio que o Centro e o marxismo lançassem mão dessas medidas, pois se não se tivesse procedido ao corte dos "direitos cívicos" - como se costumava denominar a igualdade de direitos políticos dos soldados após a revolução - não teria havido, poucos anos depois, o chamado governo de novembro e, consequentemente, teria sido evitada essa desonra nacional A tropa estava naturalmente indicada para livrar a Nação dos sugadores da Entente.
O fato de os chamados partidos "nacionais" concordarem entusiasmados com a modificação do programa dos criminosos de novembro, para tornar, por esse modo, ineficiente o exército como instrumento de ressurreição nacional, demonstrou mais uma vez até onde podem levar as idéias exclusivamente doutrinárias desses "mais inocentes dos inocentes". Essa burguesia, doente de senilidade mental, pensava com toda seriedade que o exército voltaria a ser o que tinha sido, isto é, um sustentáculo da defesa nacional, enquanto o Centro e o Marxismo só pensavam em lhe extrair. o dente perigoso do nacionalismo, sem o qual o exército não é mais do que uma policia e nunca uma tropa capaz de lutar com o inimigo. Tudo isso o futuro encarregou-se de provar à saciedade.
Pensariam porventura, os nossos "políticos nacionais" que a transformação da mentalidade do exército se pudesse processar em outro sentido que não o nacional? Essa é a miserável mentalidade desses senhores, e isso provém do fato deles, em vez, como soldados, terem combatido no front, terem ficado, nas suas cômodas posições, como parladores, isto é, conversadores parlamentares.
Não podiam ter a mínima idéia do que se passava no coração de homens que a posteridade reconhecerá como os primeiros soldados do mundo.
Decidi-me então a ir assistir à Assembléia desse partido, até então inteiramente desconhecido para mim.
Quando cheguei, à noite, ao "Leiberzimmer" da antiga cervejaria Sternecker, o qual deveria mais tarde se tornar histórico para nós, encontrei ali umas 20 a 25 pessoas, na maioria gente das mais baixas camadas do povo.
A conferência de Feder já me era conhecida dos tempos em que eu freqüentava os seus cursos, de sorte que fiz abstração da mesma e me preocupei em observar o auditório.
A impressão que tive não foi má; um grêmio recém-fundado como muitos outros. Estávamos justamente em uma época em que todo o mundo se julgava habilitado a fundar um novo partido, isso porque a ninguém agradava o rumo que as coisas tomavam e os partidos existentes não mereciam nenhuma confiança. Por toda parte apareciam novas associações que logo depois desapareciam sem deixar o menor vestígio de sua passagem. Geralmente os fundadores não tinham a menor idéia do que fosse transformar uma associação em um partido ou mesmo iniciar um movimento. Soçobravam assim essas fundações, quase sempre diante de sua ridícula estreiteza de idéias.
Não foi de outra forma que julguei "o Partido Trabalhista Alemão", após assistir durante duas horas uma de suas sessões. Fiquei contente quando Feder terminou seu discurso. Tinha visto o bastante, e já me dispunha a sair quando a anunciada abertura dos debates livres me induziu a ficar. Parecia que tudo ia correr sem significação, até que, de repente, começou a falar um "Professor", o qual inicialmente pôs em dúvida a exatidão dos argumentos de Feder. Ante uma resposta muito adequada de Feder, colocou-se o dito "Professor" de repente "no terreno das realidades:", sem, porém, deixar de recomendar muito oportunamente ao jovem partido adotar, como ponto importante de seu programa, a luta pela "separação" da Baviera da Prússia. O homenzinho afirmava atrevidamente que, nesse caso, a Áustria alemã sobretudo, se ligaria imediatamente à Baviera, que a paz seria então muito melhor, e outros absurdos. Não me contive mais e pedi a palavra, a fim de fazer sentir ao erudito senhor a minha opinião nesse ponto e fi-lo com tanto sucesso que meu antecessor na tribuna abandonou o recinto como um cão batido, antes mesmo de eu acabar. Enquanto eu falava, a assistência ouvia cheia de espanto e quando eu me dispunha a dizer boa-noite à assembléia e retirar-me, um dos assistentes dirigiu-se a mim, apresentou-se (nem pude compreender direito o seu nome), colocou em minhas mãos um pequeno livreto, visivelmente uma brochura política, com o pedido insistente de lê-la.
Para mim isso foi muito agradável, pois era de esperar que, por esse meio, pudesse conhecer de maneira mais fácil aquela sociedade maçante, sem ter, depois, de assistir a sessões tão desinteressantes. Além disso, eu tinha tido uma boa impressão desse desconhecido, que me pareceu ser um operário. Retirei-me.
Por aquela época,, eu morava no quartel do 2°. regimento de infantaria, num pequeno cubículo que trazia em si, ainda bem patentes, os sinais da revolução. Geralmente, durante o dia, eu passava fora, as mais das vezes no regimento de caçadores n.° 41 ou então em reuniões, em conferências, em outras unidades da tropa. Somente à noite me recolhia aos meus aposentos. Como costumava acordar cedo, Já antes de 5 horas, tinha o hábito de divertir-me em jogar, para os camundongos que passeavam pelo meu cubículo, pedacinhos de pão duro que haviam sobrado da véspera. Eu ficava a ver esses engraçados animaizinhos se disputarem essas preciosas iguarias.
Na minha vida eu tinha passado tanta miséria que bem podia imaginar o que fosse a fome e, portanto, o prazer daqueles bichinhos. Na manhã seguinte àquela reunião eu estava deitado, mal acordado, lá pelas 5 horas, assistindo o movimento dos - camundongos. Como não pudesse conciliar o sono, lembrei-me, de repente, da noite passada, e veio-me à lembrança a brochura que o operário me havia dado. Comecei a lê-la. Era uma pequena brochura, na qual o autor, o tal operário, descrevia a maneira pela qual ele tinha chegado de novo ao pensamento nacionalista através da confusão marxista e das frases ocas das corporações profissionais. Dai o título - "meu despertar político:". - Desde o início o livreto me despertou interesses, pois nele se refletia um fenômeno que há doze anos eu tinha sentido. Involuntariamente vi se avivarem as linhas gerais da minha própria evolução mental. Durante o dia pensei sobre o assunto várias vezes e ia pô-lo finalmente de lado, quando, menos de uma semana depois, recebi, com surpresa minha, um cartão postal anunciando que eu tinha sido aceito sócio do "Partido Trabalhista Alemão". Pedia-se que eu me externasse a respeito e para isso viesse na próxima quarta-feira a uma sessão da comissão do Partido. Na realidade eu me sentia mais do que surpreso por essa maneira de angariar" sócios e não sabia se me devia zangar ou rir. Eu não pensava em entrar para um partido já organizado e sim em fundar o meu próprio partido. Essa pretensão de filiar-me a um partido não me tinha passado pela cabeça. Já me dispunha a responder àqueles senhores por escrito quando venceu a curiosidade e decidi-me a comparecer, no dia marcado, a fim de, oralmente, expor os meus motivos.
Chegou quarta-feira. O hotel no qual se devia realizar a sessão anunciada era o "Alte Rossenbad", na Hermstrasse. Era um lugarzinho modesto onde, só de quando em quando, aparecia alguma alma penada.
Em 1919 isso não era de estranhar, pois o cardápio mesmo dos hotéis maiores era pouco atraente, dado a sua modéstia e exiguidade. Este hotel, porém, eu não conhecia.
Atravessei o salão mal iluminado no qual não havia viva alma. Dirigi-me para a porta que dá para um quarto lateral e achei-me diante da "assembléia". Na meia obscuridade de um lampião a gás, meio quebrado, estavam sentados, em redor de uma mesa, quatro jovens, entre os quais o autor da pequena brochura, o qual imediatamente me cumprimentou da maneira mais amável e me deu as boas vindas como novo membro do Partido Trabalhista Alemão.
Na realidade eu estava um tanto embasbacado. Como me comunicassem que o verdadeiro "presidente do Reich" ainda viria, resolvi adiar, por algum tempo, as minhas declarações. Finalmente apareceu este. Era o presidente da reunião na Cervejaria Sterneck, por ocasião da conferência de Feder.
De novo, movido pela curiosidade, esperei pelos acontecimentos.
Agora eu já conhecia os nomes dos vários senhores presentes. O presidente da "organização do Reich, era um senhor Harr, o da de Munique, um senhor Anton Drexier.
Em seguida foi lida a ata da última sessão e aprovado um voto de agradecimento ao conferencista. Veio depois o relatório da caixa. A sociedade possuía um total de 7 marcos e 50 pfennigs - pelo que o tesoureiro recebeu um voto de confiança geral. Esse fato foi consignado em ata.
O primeiro presidente tratou em seguida das respostas a uma carta de Kiel, a uma de Düsseldorf e a outra de Berlim. Todos concordaram com as respostas apresentadas. Em seguida procedeu-se à comunicação da correspondência entrada: uma carta de Berlim, uma de Düsseldorf e outra de Kiel, cujo recebimento pareceu provocar grande contentamento. Considerou-se esse constante aumento de correspondência como o melhor e mais visível sinal da expansão e importância do Partido Trabalhista Alemão, e, em seguida, teve lugar um longo debate sobre as respostas novas a serem dadas,
Horrível, simplesmente horrível. Isso nada mais era do que uma associação maçante da pior espécie. Nesse clube é que eu devia entrar? Logo depois tratou-se da aceitação de novos sócios, isto é, tratou-se do meu ingresso para o clube.
Comecei a fazer-me perguntas. Pondo de parte algumas diretrizes nada mais havia, nem um programa, nem um panfleto, enfim nada impresso, nem cartões de sócio nem mesmo um simples carimbo. Havia sim visíveis boa fé e boa vontade. Perdi a vontade de sorrir, pois o que era tudo isso senão o sina1 típico do completo atordoamento geral e do inteiro fracasso de todos os partidos, até então, de seus programas, de suas intenções e de suas atividades? O que levava esses jovens a se reunirem de uma maneira aparentemente tão ridícula nada mais era do que o eco de vozes interiores, que, mais por instinto de que conscientemente, lhe fazia crer na impossibilidade do reerguimento da Nação alemã bem como da sua convalescença de males interiores por meio de partidos como o caráter dos até então existentes. Li por alto as diretrizes datilografadas que havia e vi nelas mais uma ânsia por alguma coisa nova do que uma realidade. Muita coisa faltava, porém nada havia feito. Em tudo se sentia, porém, o sinal de uma aspiração de todos.
O que essas criaturas sentiam eu bem o sabia; era o desejo por um novo movimento que deveria ser mais do que um partido na acepção corrente da palavra.
Quando naquela noite voltei ao quartel, tinha meu juízo formado com relação a esse grêmio.
Achava-me talvez diante da mais difícil interrogação de minha vida: deveria cooperar nesse setor ou recusar-me?
A razão só podia aconselhar a recusa, o sentimento, porém, não me deixou sossegar e quanto mais vezes eu procurava me convencer da tolice disso tudo, tanto mais o sentimento me inclinava para esse agrupamento de jovens.
Os dias que se seguiram foram de desassossego para mim.
Comecei a pensar. Há muito que estava decidido a tomar parte ativa na política.
Para mim era claro que isso deveria se dar por meio de um novo movimento, somente me tinha faltado até então um impulso para a atividade. Eu não pertenço à categoria das pessoas que começam hoje uma coisa para, no dia seguinte, abandonarem-na ou passarem a outra. Justamente essa convicção era o motivo principal por que eu dificilmente me resolveria a uma tal fundação nova, a qual seria tudo ou deixaria de existir. Eu sabia que isso seria decisivo para mim e não havia a possibilidade de um "recuo"; tratava-se pois, não de uma brincadeira passageira e sim de algo muito sério. Já naquele tempo eu tinha uma aversão instintiva por pessoas que tudo começavam sem nada acabar. Todos esses trapalhões me eram odiosos. Eu considerava a atividade dessas criaturas pior do que a ociosidade.
Até o destino parecia me estar dando uma indicação. Nunca eu teria aderido a um dos grandes partidos e mais tarde explicarei mais claramente os motivos. Essa pequeníssima fundação, possuindo uma meia dúzia de sócios, pareceu-me ter a vantagem de não se ter ainda fossilizado em uma "organização". Ela parecia oferecer a impossibilidade de uma verdadeira atividade pessoal a cada um. Aqui ainda se poderia trabalhar e, quanto menor fosse o movimento, mais fácil seria conduzi-la pelo caminho certo. Aqui se poderia ainda determinar o caráter objetivo e os métodos da organização, o que não se poderia pensai em fazer tratando-se dos glandes partidos. Quanto mais eu refletia sobre o assunto mais crescia em mim a convicção de que justamente de um tal movimento pequeno é que algum dia poderia ser preparado o reerguimento da nação, e nunca dos partidos políticos parlamentares, presos a velhos preconceitos ou mesmo dependentes dos proveitos do novo regime.
O que se deveria anunciar aqui era um novo princípio universal e não uma nova propaganda eleitoral.
Na verdade uma decisão imensamente difícil essa de transformar uma intenção em realidade.
Que antecedentes tinha eu para poder arcar com tarefa de tal vulto? O fato de ser pobre, de não possuir recursos financeiros, parecia o menos; mais difícil era a circunstância de pertencer eu à categoria dos desconhecidos, um entre milhões, que o acaso deixa viver ou arranca da vida, sem que o mundo mais próximo disso tome o menor conhecimento. A tudo isso se juntava a dificuldade proveniente de minha falta de instrução.
A chamada "intelectualidade" vê com infinito desdém todo aquele que não passou pelas escolas oficiais, a fim de se deixar encher de sabedoria. Nunca se pergunta: Que sabe o indivíduo e sim: que estudou ele? Para essas criaturas "cultas" mais vale a cabeça oca, que vem protegida por diplomas, do que o mais vivo rapazola que não possua tais canudos. Era, pois, fácil para mim imaginar a maneira pela qual esse mundo oculto - se me oporia e só me enganei pelo fato de naquele tempo ainda considerar os homens melhores do que na realidade o são. É verdade que há exceções, que naturalmente brilharão com tanto maior fulgor. Aprendi, entretanto, a distinguir entre os eternos estudantes e os verdadeiros conhecedores.
Após dois dias de tormentosos pensamentos e meditações convenci-me de que devia dar o passo.
Foi essa a decisão de maiores conseqüências em toda a minha vida.
Não havia e não podia haver um recuo. Aceitei a minha inclusão como sócio do Partido Trabalhista Alemão e recebi um cartão provisório de sócio, com o numero sete.
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