Ó Grande Espírito!
A tua presença eu sinto no sibilar do vento, no balançar do arvoredo, no vóo das aves, na dança das nuvens, na pintura do alvorecer multicor e no dêgradê prateado do final de cada dia.
Te peço agora, Grande Sabedoria, que me inspire a traduzir tuas palavras e teus ensinamentos em frases soltas como as folhas do outono que dançam pelo chão.
Te peço, me permita viver sempre com um sorriso nos lábios, pronto para oferecer meu abraço ou estender minhas mãos.
Que eu possa, do meu jeito, levar distante tuas palavras em forma de frases, poemas, cronicas ou artigos que venham despertar a mente e o coração das outras pessoas.
Que eu possa continuar a ser o instrumento da tua vontade de maneira que minha contribuição perante o mundo possa ter bom peso e grande medida diante do teu julgamento.
Me permita se deixar levar pelo vóo da gaivota sobre as ondas do mar ou dos falcões planando entre as nuvens.
Me permita sentir o aroma das flores e dividir com as abelhas, as borboletas e os beija-flores esta oportunidade única de vislumbrar a essência da vida.
Que eu possa caminhar sempre livre e me perder nas profundezas de um olhar, na sutileza de um gesto, no sorriso de uma criança.
E que ainda assim, diante da minha alegria, eu possa encarar meus momentos difíceis com coragem e força.
E permita-me também, enxugar as lágrimas de quem quer que seja, pelo motivo que for dizendo apenas que são salgadas gotas geradas pela transformação dos oceanos da alma, pela preparação de um novo tempo, baseado nas mais incríveis experiências que servem como nave para nossa evolução.
Ó Grande Espírito! Te agradeço pelo majestoso encontro no final de uma tarde onde, apesar das minhas dores, vivenciei pessoas com dores maiores que as minhas e te agradeci pela dádiva da saúde, de um teto, de um alimento, de uma vestimenta e, acima de tudo, pela minha capacidade intelectual.
Te agradeço pelo encontro onde aparecestes no pór-do-sol oferecendo aos meus olhos todas as tonalidades da sua magnífica criação: O Planeta Terra, todas as suas maravilhas e a nós homens, que apesar de tantos erros, tenho certeza; buscam a perfeição no que fazem e esse é também, um caminho para a evolução.
E finalmente, Grandioso Sábio, te agradeço pelo poder de amar de verdade, de me doar em troca de nada, de ser pura e simplesmente o que eu sou e de ficar feliz quando deparo com a felicidade dos outros.
Te agradeço pela vida e pelo dignificante dom de escrever e expor nas sagradas folhas de papel, todas as verdades que minha essência faz brotar dos confins da alma, como uma fonte faz brotar dos seios da Terra, a água mais pura e mais cristalina.
- Curitiba, 27 de julho 2006 - 15h07min -
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