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Artigos-->A Última Esperança -- -- 11/01/2003 - 19:43 (Paulo de Goes Andrade) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A ÚLTIMA ESPERANÇA



Paulo de Góes Andrade



O pessoal do Partido dos Trabalhadores está no poder, depois de três tentativas para sentar Lula na cadeira mais cobiçada do Brasil - a cadeira do Presidente da República. As rédeas do país estão agora com aqueles que sonhavam com as mudanças que outros mandatários não fizeram, porque lhes faltou vontade política. É o desprezo mesmo a tudo que beneficie o povo. Agora é a vez dos “companheiros” do PT, que puseram “a mão na massa”, provarem aquela disposição alardeada nas campanhas eleitorais.

O povo que elegeu o presidente Luís Inácio Lula da Silva deu mostras, não só em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, no dia 1º de Janeiro, mas em todos os rincões da Pátria, da sua fé, do seu entusiasmo, da certeza de que tudo de agora em diante vai mudar. São quatro anos apenas para o novo governo botar as cartas na mesa e ganhar o jogo. O povo espera não se decepcionar com Lula, considerado como aquele que veio para “salvar” a pátria.

Tudo bem. Mas, de início já assistimos aos desmandos dos nossos congressistas votando o aumento dos seus subsídios, apoiados pelos deputados e senadores do PT. E os nossos representantes ainda não estão satisfeitos. Querem mais. E o líder do partido do presidente, na Câmara, concorda em gênero, número e grau. E muitos servidores do primeiro e segundo escalões do governo, chamados para Brasília, já se movimentam para arranjar suas moradas nos bairros de classe alta do Distrito Federal. Naqueles locais, como o Lago Sul, por exemplo, não existem apartamentos, e sim casas confortáveis, com piscinas e churrasqueiras. Esses gastos supérfluos, com aluguéis e mordomias, acredito, não sairão da conta corrente desses novos inquilinos, para a alegria de corretoras de imóveis, principalmente com referência àquele setor, que podemos chamar de “caixa-alta” de Brasília.

Confesso aqui que não sou eleitor do Lula. Dos presidenciáveis, o único que eu não desejava no Planalto era o sr. José Serra. Bastaram os oito anos de Fernando Henrique Cardoso, esse homem, embora um sociólogo, insensível, impiedoso, puramente materialista, que se preocupou tão somente com o seu futuro, querendo mostrar-se ao mundo como um estadista, um líder, pelo menos na América Latina. E ainda foi agraciado na ONU como um “benfeitor” do povo brasileiro. José Serra seria, sem sombra de dúvida, a continuidade da política de FHC. Crendo nisso, então, preferi que fosse Lula o nosso presidente. Ele é um homem do povo; veio da classe dos mais humildes. Conheceu a miséria na própria carne, o que não experimentou Fernando Henrique, tão pouco o Serra. A minha esperança em Lula somou-se à de milhões de brasileiros que esperam por um Brasil mais humano, mas fraterno, em que a fome, se não banida totalmente dos nossos sertões nordestinos, das favelas e das palafitas, não seja mais essa mancha negra que os governos anteriores - nem mesmo a “eternidade” dos generais-presidentes - não tiveram vontade política de apagar.

Lula será a última esperança!



Brasília (DF) – 08 / 01 / 2003



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