UM TRISTE ADEUS
Descanso minha mão sobre essa folha
Em que, sonhando, escrevo-te esta carta
Lembrando-me da hora da partida
Da dor atroz da nossa despedida
A vida separou as nossas mãos
Como um tecido fino se esgarçando
Com lágrimas molhando nossa face
Lentamente viramo-nos chorando
Seguimos um caminho tão oposto
Que hoje ainda trago na memória
O adeus longínquo dessa nossa história
Como um trapo de seda acenando
No azul da já perdida mocidade
Ficam as mãos, chorando de saudade!....
(Após ler poesia de Guilherme de Almeida)
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