FORMA E CONTEÚDO (A PELE QUE HABITO)
A Hjelmslev, C.G. Jung e Almodóvar
“Que sob a seda da surpresa / palpite a pele dessa presa” – Paul Valéry
“Sob a pele das palavras há cifras e códigos” – Drummond
“A pele é o mar” – Cecília Meireles
A certeza do Eu na sua vã identidade,
O seu nome, o seu sexo, a sua vida...
O que se pensa acerca ao real e à verdade!
Em dias de transgêneros e louca vida,
Se muda o nome, o sexo, até a idade...
É a busca da liberdade do Ser na lida!...
Aquele que sempre vence, vencerá?
Onde em mim está o lugar em que existo?
O que sou hoje é o que amanhã me será?
Não deixo meu ser, do que não sou desisto!
A verdadeira verdade se verá!
Se no caminho mostra a face Mefisto...
A Loucura de não ser se mostrará...
Na parede branca eu resisto, resisto...
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