aqui me incluo....
primitiva e pobre em sutilezas, portanto, autoritária. Despreza a utopia, o subjetivo, o fluído, o gosto empático da escuta, da compreensão e antepõe a explicação taxativa e absoluta. O feminino
também aqui, independente de ser comportamento da mulher, procura apreender formas menos estruturadas de articulação dos saberes. A sedução, na metáfora da feminilidade, demonstra abertura às pluralidades de compreensão do mundo, ao fortuito, o desejo de
integrar novos dados, menor preocupação com verdades postas e maior curiosidade de descoberta de ângulos novos de uma questão. Assim, Maria Miss vai em busca de seus sonhos de menina-moça, pulando de precipício em precipício, correndo riscos inevitáveis nas mãos dos quatro Lopes. Morto o último deles, ela despacha para longe os filhos que ela abastece e de Lopes, não quer ter notícias.
Ela está amando! Um jovem homem que tem idade para ser seu filho e que "vive a admirar meus bons préstimos" (p.81). Diferenças cronológicas não têm para ela importância: "sou de me constar em folhinhas e datas?" (p.85) Maria Miss quer filhos "modernos e acomodados [...] Quero o bom-bocado que não fiz, quero gente sensível" (p.85). Só lhe vale os bens, que a tão alto preço ajuntou, se puder viver os sonhos de menina-moça. Ela, rejuvenecida, inicia a longa viagem de volta a infância onde, agora, se reconhece e passa a escrever sua nova vida. "Meu gosto agora é ser feliz [...] Quero falar alto [...] ainda achei o fundo do meu coração" (p.81).
testando linha1
testando linha 2
Referências Bibliográficas
BAUDRILLARD, Jean. Simulacres et simulations. Paris: Galilée, 1981.
MAFFESOLI, Michel.A conquista do presente. Rio de Janeiro: Rocco, 1984.
ROSA, Guimarães Esses Lopes. In: Tutameia. 8 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
|