Agradecendo o elogio de um amigo
Oh, Pedro!
Pões-me rubro quando a mestre
A mim - pobre vate! – guindas...
Minha poesia é rupestre,
Feita de ilusões já findas.
Disto não faço eu segredo:
Surge ao talho da paixão,
Batendo n’algum rochedo
Com forma de coração.
O poeta, pois, fá-lo a vida...
Não há curso ou professor,
Pra achar a rima escondida
No bojo d’alguma dor;
Nem aquel’outra, perfeita,
Pro amor correspondido.
Esta é , bom Pedro, a receita
Que te passo, agradecido.
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